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ONU: 2,9 milhões de refugiados ucranianos deixam os países fronteiriços

Das 6,6 milhões de pessoas que fugiram do país invadido, quase metade migrou sentido Europa Ocidental

Por Agências
Publicado em 27 de maio de 2022 | 09:51
 
 
Refugiados ucranianos buscam abrigo em vários países da Europa Foto: SPENCER PLATT/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP

A Organização das Nações Unidas declarou nesta sexta-feira (27) que dos mais de 6,6 milhões de refugiados ucranianos que fugiram para países vizinhos, 2,9 milhões foram para outros países europeus. 

Os refugiados, em sua grande maioria mulheres e crianças, cruzaram as fronteiras da Ucrânia desde a invasão russa em 24 de fevereiro. 

O dado da Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) fornece uma ideia de quantos ficaram no primeiro país pelo que entraram e quantos fora para outros lugares à medida que a crise de deslocamentos provocada pela guerra se estende pelo continente.

"De acordo com os últimos dados disponíveis, 2,9 milhões de refugiados se mudaram para além dos países vizinhos da Ucrânia", disse a porta-voz do ACNUR Shabia Mantoo em uma reunião informativa em Genebra.

Um gráfico do ACNUR mostra que o maior número de refugiados ucranianos em países não vizinhos está na Alemanha, República Tcheca e Itália. 

Um total de 6.659.220 ucranianos fugiram do país desde a invasão russa, segundo dados da agência. 

Destes, mais de 3,5 milhões foram para o oeste, para a Polônia. Cerca de 100.000 refugiados por dia chegavam à fronteira polonesa no início de março, mas o número caiu para cerca de 20.000 em maio.

"Os refugiados recém-chegados são muitas vezes de áreas fortemente afetadas pelos combates e alguns passaram semanas se escondendo em abrigos antiaéreos e porões", disse a porta-voz do ACNUR, Olga Sarrado, por videoconferência.

Nas primeiras semanas da guerra, os voluntários se reuniram para ajudar nas fronteiras ou receber os recém-chegados em suas casas. Sarrado explicou que seria necessário um forte apoio da comunidade internacional para manter essa generosidade e força de resposta. 

Mais de 1,1 milhão de pessoas se registraram nas autoridades polonesas e receberam um número de identidade do Estado que lhes permite acessar os serviços públicos. Do total de registrados, 94% são mulheres e crianças. (AFP)