Manifestação

Protestos na Venezuela deixam três policiais feridos

Os policiais sofreram queimaduras, na sequência de explosões provocadas por coquetéis molotov, lançados por cidadãos que colocaram várias barreiras na localidade de Las Pilas

Por DA REDAÇÃO
Publicado em 26 de agosto de 2014 | 09:37
 
 

Três policiais ficaram feridos nesta terça-feira (26), durante protestos na Venezuela contra a implementação de um sistema de controle biométrico em supermercados públicos e privados para controlar compras recorrentes do mesmo produto e combater o contrabando.

Os policiais sofreram queimaduras, na sequência de explosões provocadas por coquetéis molotov, lançados por cidadãos que colocaram várias barreiras na localidade de Las Pilas, cidade de San Cristobal, a sudoeste de Caracas.

Fontes não oficiais informaram que, durante os confrontos, vários civis também ficaram feridos e que homens da Polícia Militar invadiram um complexo residencial onde estavam alguns manifestantes.

Em Caracas, na tarde de segunda-feira (25), várias pessoas incendiaram pneus e colocaram barricadas no centro do município de Chacao, onde foram registrados confrontos entre manifestantes e forças de segurança, que geraram momentos de tensão e dificultaram a circulação de viaturas.

A Polícia Nacional Bolivariana encerrou o protesto, desmantelou as barricadas e deteve, pelo menos, seis manifestantes.

Ainda na capital, moradores de Santa Fé colocaram barricadas na rodovia de Prados del Este, o que provocou forte congestionamento e confrontos com as forças de segurança. A Polícia Militar interveio e duas pessoas foram detidas.

No último dia 19, autoridades venezuelanas anunciaram a instalação do sistema de controle biométrico em supermercados. A medida deve entrar em funcionamento até o fim de novembro e visa também a combater a economia paralela.

O sistema biométrico consiste na emissão e distribuição de um cartão numerado com dados do cliente, que estará associado às suas impressões digitais.

No último dia 11, a Venezuela enviou pelo menos 17 mil militares para a fronteira com a Colômbia, como uma de várias medidas para combater o contrabando de bens essenciais e de combustível, que gera prejuízos aos dois países.

O envio dos militares ocorreu horas antes de a Venezuela fechar, pela primeira vez, sua fronteira, na tentativa de combater o contrabando de produtos.