Tragédia

Sobe para 53 o número de migrantes mortos em caminhão no Texas

Outras 11 pessoas seguiam hospitalizadas na região, acrescentaram, sem detalhar seu estado de saúde

Por Agências
Publicado em 29 de junho de 2022 | 18:59
 
 
Homenagem aos imigrantes que foram encontrados mortos em caminhão, no Texas Foto: CHANDAN KHANNA / AFP

O número de migrantes mortos em um caminhão em San Antonio, no Texas, aumentou para 53, informaram nesta quarta-feira (29) as autoridades de imigração dos Estados Unidos.

Outras 11 pessoas seguiam hospitalizadas na região, acrescentaram, sem detalhar seu estado de saúde. O saldo anterior dava conta de 51 mortos, 39 homens e 12 mulheres.

Do total de vítimas, 27 eram do México, 14 de Honduras, sete da Guatemala e dois de El Salvador, disse Francisco Garduño, diretor do Instituto Nacional de Migração de México. As nacionalidades dos outros três ainda não são conhecidas.

A descoberta macabra ocorreu na segunda-feira pela noite, quando um funcionário da cidade de San Antonio ouviu um pedido de socorro próximo de uma rodovia onde estava trabalhando e abriu a porta traseira do caminhão.

Os socorristas retiraram 46 corpos e 16 pessoas "conscientes", incluídos quatro menores de idade, que foram transferidos para hospitais próximos.

Depois de um dia com temperaturas que rondavam os 40 graus, as vítimas sofreram hipertermia e desidratação aguda.

Agentes federais detiveram dois homens na terça-feira em um endereço vinculado ao registro do caminhão, segundo documentos judiciais.

Juan Francisco D'Luna-Bilbao e Juan Claudio D'Luna-Méndez, dois cidadãos mexicanos cujos vistos de turista haviam expirado, estão sendo processados por portar uma arma proibida.

Uma terceira pessoa, suspeita de ter conduzido o caminhão, também foi detida perto de onde estava estacionado o veículo, "sob o efeito de metanfetamina", informou o jornal San Antonio Express-News, citando fontes policiais.

Depois desta tragédia, México, Estados Unidos, Guatemala e Honduras chegaram a um acordo nesta quarta-feira para "trabalhar de maneira conjunta" e apoiar os feridos e as famílias das vítimas, assim como para cooperar na investigação "para levar os responsáveis à Justiça" e para "estabelecer um Grupo de Ação Imediata para trocar informação e trabalhar de maneira coordenada para desmantelar as redes de traficantes de pessoas".

O presidente de Estados Unidos, Joe Biden, pediu na terça-feira o fortalecimento da luta contra "uma indústria criminosa que gera bilhões de dólares", em alusão ao tráfico de migrantes. (AFP)