Ex-diretor do FMI

Tribunal de Lille dará em junho sentença sobre caso de Strauss-Kahn

DSK é acusado de ser o principal beneficiário e incentivador de festas libertinas na França e em Washington

Por AFP
Publicado em 20 de fevereiro de 2015 | 17:02
 
 
Dominique Strauss-Kahn será julgado por proxenetismo nos EUA e na França ASSOCIATED PRESS

O tribunal de Lille (norte da França), que julga o ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn por um caso de proxenetismo agravado junto a outras 13 pessoas, anunciou nesta sexta-feira que dará sua sentença a respeito deste julgamento no dia 12 de junho.

Os debates e argumentos foram concluídos nesta sexta-feira.

"Durante as audiências, esta foi a primeira vez que pude me expressar e que tive a sensação de ser ouvido. Eu agradeço por isso", declarou o ex-diretor do Fundo Monetário Internacional no único momento em que teve o direito de fala consentido após três semanas de audiências.

O presidente do tribunal, Bernard Lemaire, que no início do julgamento pediu para que todas as partes se concentrassem no direito, e não a moral, agradeceu a todos que participaram do julgamento pelo "clima sereno".

Na terça-feira, o promotor Frédéric Fèvre pediu a absolvição pura e simples do político, que foi durante muito tempo o favorito das pesquisas de opinião para as eleições presidenciais francesas de 2012.

DSK é acusado de ser o principal beneficiário e incentivador de festas libertinas na França e em Washington.

Strauss-Kahn, de 65 anos, se apresenta junto com outros 13 acusados de proxenetismo com agravantes, um crime passível de ser punido com 10 anos de prisão.

Na segunda-feira, quase todas as partes civis renunciaram ao desejo de obter uma indemnização por DSK.

Desde quarta-feira, os advogados de defesa se esforçam para provar que seus clientes não cometeram o crime de proxenetismo, e que não passaram de simples clientes, o que não é punível nos termos da lei francesa.