Aaaa, que saudades dos Jogos Olímpicos do Rio. Há um ano, a Cidade Maravilhosa transbordava alegria, espírito esportivo e uma energia contagiante. De quatro em quatro anos, as atenções do mundo todo voltam-se para os melhores atletas do planeta, suas histórias de superação, suas conquistas impressionantes, seus feitos emocionantes. Nós, brasileiros, vestimos as cores do país e vibramos por cada resultado positivo, por cada medalha alcançada, por cada vez que ouvimos nosso hino no pódio.
Desde que o Rio de Janeiro foi confirmado como sede dos Jogos, lá em 2007, eu queria estar presente. Queria viver toda aquela sensação e ver de perto os maiores do esporte fazendo história. Eu estive no Rio, não exatamente da forma como gostaria, mas o pouco de que “participei” já foi uma das experiências mais incríveis da vida. Sair de um jogo de basquete entre Brasil e Argentina na Arena Carioca 1, entrar na Arena do Futuro e torcer por nossa seleção no handebol, dar um pulo no Centro Aquático Maria Lenk para ver o nado sincronizado.
A cidade respirava esporte. As pessoas mobilizaram-se para acompanhar o evento. O Parque Olímpico da Barra, que concentrava a maior parte das instalações, era tomado por milhares de pessoas todos os dias, uma mistura de povos, línguas e torcidas. Quem estava na cidade não tinha como não se contagiar com todo o movimento olímpico. Quem estava longe não ficou fora e acompanhou como podia, pela TV, internet e redes sociais.
Infelizmente, não podemos ter Olimpíadas todo ano. Quem dera! Mas é muito importante lembrar que, para chegar ao maior evento esportivo do planeta, os atletas precisam preparar-se durante o chamado “ciclo olímpico”. O ideal seria que nos lembrássemos deles o ano todo. E, quando digo isso, falo por nós, imprensa, mas também por autoridades, investidores, patrocinadores e torcedores.
Esses atletas precisam de nosso apoio durante todo o ciclo. Eles precisam de estrutura para os treinamentos, de investimento para material e viagens para competições, precisam de uma equipe técnica com diversos profissionais e, tão fundamental quanto tudo isso, precisam de sua torcida.
Não temos Jogos Olímpicos todo ano, mas podemos apoiar e incentivar nossos atletas em outras competições. Neste ano mesmo, tivemos o Grand Prix de Vôlei, que acabou no último domingo com o título para o Brasil. Está acontecendo agora o Sul-Americano masculino de vôlei – o feminino é ainda neste mês. Nesta semana, ainda tem o Mundial de Atletismo – sem grandes nomes brasileiros, mas que teve a despedida de Bolt. Começou na terça-feira o Troféu José Finkel de Natação. O vôlei de praia tem torneio o ano todo. Os mineiros Marcelo Melo e Bruno Soares são destaques no tênis. Esses são só alguns exemplos de competições que você pode acompanhar e torcer pelos brasileiros.
Vamos fomentar o espírito olímpico sempre. Vamos incentivar nossos atletas para que eles cheguem ao auge em Tóquio 2020. Para que possamos vibrar com muitas conquistas, não só com as medalhas de ouro. Se reconhecermos toda a trajetória, vamos valorizar, cada vez mais, a presença e participação desses atletas nos Jogos.
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