O TEMPO

Favorito, não. Candidato, sim!

Redação O Tempo

Por Da Redação
Publicado em 28 de janeiro de 2015 | 04:00
 
 

O rótulo de favorito nem sempre é bem-vindo no esporte. Particularmente, não gosto muito de usá-lo. Na minha opinião, no futebol, favoritismo se comprova dentro de campo. Com humildade, pés no chão e sem oba-oba. O técnico Levir Culpi, sempre muito sincero e direto em suas entrevistas, afirmou que o Atlético é, sim, favorito ao título da Copa Libertadores, ao comentar o resultado da enquete realizada pelo SporTV colocando o Galo como o clube brasileiro com mais chances de ser campeão. Também considero o Atlético como o mais forte entre os times do nosso País neste momento. A equipe se fortaleceu com a vinda de Levir Culpi e conseguiu manter a base – perdeu Diego Tardelli, mas trouxe um grande reforço, o atacante argentino Lucas Pratto. No entanto, acho perigoso colocar o Galo como favorito. Penso que isso só aumenta o peso sobre o time. É preciso, ainda, respeitar os clubes de outros países, que também são fortes. Além disso, a Libertadores é uma competição à parte. Em mata-mata, tudo pode acontecer. Nem sempre o melhor vence. Uma partida ruim pode colocar tudo a perder. Quem não se lembra do rótulo dado, na Copa Libertadores de 2011, ao Cruzeiro, chamado de “Barcelona das Américas”? Depois de atropelar seus adversários na primeira fase, o Cruzeiro, comandado por Cuca na época, caiu nas oitavas de final, diante do Once Caldas, da Colômbia. Exemplos não faltam. Prefiro dizer que o Atlético é um dos candidatos ao título da Libertadores. Nada mais que isso.

Legião estrangeira
A vinda do lateral-esquerdo chileno Eugenio Mena aumenta a lista de estrangeiros na Toca da Raposa para a temporada 2015. Antes dele, já haviam chegado o volante chileno Felipe Seymour, o atacante camaronês Joel e o meia-atacante uruguaio Arrascaeta. A torcida é para que esses estrangeiros deixem seus nomes marcados na história do Cruzeiro, assim como fizeram Roberto Perfumo, Maldonado, Juan Pablo Sorín, Aristizábal e Montillo, que são lembrados até hoje pela China Azul. Por outro lado, muitos passaram sem deixar saudade, como Ernesto Farias, Martinuccio, Guerrón, Diego Arias, Samudio e Prediguer. A busca por reforços no mercado sul-americano tem sido uma alternativa dos nossos clubes, devido à escassez de bons nomes disponíveis no mercado brasileiro, além dos salários inflacionados por aqui.

O desafio do Galo
O Atlético de 2014 ficou caracterizado pela força física. A temporada passada terminou com o time voando em campo. Na final da Copa do Brasil, o Galo esbanjou preparo físico, correndo muito diante do Cruzeiro, que, na ocasião, brigava por dois títulos e enfrentava uma maratona de jogos. Para 2015, este é o principal desafio do Atlético: manter a força física. E o time já não conta mais com os serviços do competente Carlinhos Neves, escolhido o melhor preparador físico do ano passado no Troféu Guará. A responsabilidade, agora, é de Rodolfo Mehl, que já trabalhou no clube com Levir Culpi. A torcida é para que o novo trabalho seja tão bom quanto o de Carlinhos Neves.

A caça da Raposa
Com dinheiro em caixa após negociar Lucas Silva, Egídio, Ricardo Goulart, Éverton Ribeiro e Nilton, o Cruzeiro não esconde de ninguém que busca reforços para qualificar o grupo a poucas semanas da estreia na Copa Libertadores. A prioridade é trazer um substituto para Éverton Ribeiro. Muitos nomes são especulados, mas a diretoria vem encontrando dificuldades para acertar com um nome que chegue para ser titular. Felipe Gedoz, do Brugge, da Bélgica, custaria muito aos cofres do clube. Jadson, do Corinthians, e o mexicano Luis Montes, do León, foram descartados. O clube também busca um zagueiro, após as contusões de Dedé, Manoel e Alex. Leandro Almeida, do Coritiba, foi tentado, mas a primeira pedida assustou o Cruzeiro.