Está chegando ao fim o período mais enfadonho do futebol brasileiro. Tive certeza disto depois de ver o bom jogo entre Ceará e Atlético-PR, que disputaram com vontade, uma vaga na próxima fase da Copa do Brasil.
Além disso, termina também os jogos mais sem propósitos da temporada brasileira. Duelos entre gigantes desinteressados contra equipes que lutam ano a ano para se manterem vivas. Um empate aqui, uma vitória surpreendente raramente ali. Fora isso, tudo é muito insosso.
Os torcedores não se empolgam e ficam na expectativa pelos grandes jogos. O frio na barriga é pela decisão, mas, no subconsciente, é também para saber se o seu time está preparado para os jogos mais importantes que vêm a seguir.
Os três times mineiros que estarão na Série A nesta temporada ainda não deram o recado que o torcedor gostaria de ouvir. Apesar da vice-liderança na primeira fase do Mineiro, o América perdeu todos os clássicos que disputou até aqui. Isso é menos do que o Coelho queria e traz calafrios aos torcedores alviverdes.
O Atlético é o que traz mais preocupações. Fez uma primeira fase do Campeonato Mineiro preocupante, para não falar pífia. E, no meio de semana, por muito pouco não foi eliminado precocemente na Copa do Brasil para o Figueirense, um time que disputará a Série B na temporada 2018.
Nem mesmo o Cruzeiro, que figura entre os principais times do país hoje, está completamente pleno com o seu torcedor. O primeiro grande teste do ano veio com um resultado negativo: derrota para o Racing, da Argentina, por 4 a 2, pela estreia da Copa Libertadores.
Recado para o Atlético
Ao mesmo tempo que os campeonatos estaduais escondem defeitos, por conta da fragilidade dos adversários, eles escancaram que há algo a ser corrigido de forma muito clara.
Este recado foi dado ao Atlético nesta fase morta do futebol brasileiro. O Galo não saiu ileso e nem ganhou cancha nos jogos mais fáceis que iria enfrentar na temporada. Pelo contrário, o Atlético mostrou uma fragilidade que assusta qualquer espectador, principalmente aquele que o ama.
A diretoria sabe que é preciso mudar. Os radares já estão ligados para contratar de três a quatro jogadores que possam fazer a diferença. O perfil dos novos jogadores, no entanto, precisa ser bem diferente do que trouxeram para os três primeiros meses do ano. Fora isso, 2018 promete emoções desagradáveis.
Aproximando da torcida
O Cruzeiro, ao contrário da maioria dos clubes, utilizou o Estadual para se aproximar dos seus torcedores. Ao lado da volta de Dedé, este foi o principal ponto positivo destes três primeiros meses.
No entanto, para manter esta empolgação inicial, o Cruzeiro tem que buscar resultados na Copa Libertadores.
A vitória da La U sobre o Vasco, no Rio de Janeiro, foi terrível não só para os cariocas. O jogo no Mineirão, na próxima rodada, vira uma decisão para as duas equipes. Quem perder pode ver dois times se distanciando na tabela logo no início da competição. E todo um trabalho ser questionado.
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