Chico Maia

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Derrubando mitos

Publicado em: Seg, 25/05/15 - 03h00

O jogo do Atlético contra o xará paranaense, ontem, serviu para mostrar que essa história de “favorito” só serve para complicar a vida do time que se ilude com a conversa marota pra boi dormir.

O Galo foi bem na partida, principalmente no primeiro tempo, mas não conseguiu aproveitar as ótimas oportunidades desperdiçadas e muito bem criadas.

O elenco atleticano é do mesmo nível da maioria dos concorrentes e só se dará bem se mantiver o ritmo da partida contra o Fluminense, o que não é fácil.

O Brasileirão é um campeonato dificílimo e justo, que premia o melhor preparado em todos os aspectos.

Será campeão o que tiver o melhor elenco, que consequentemente envolverá as melhores condições técnica, física e psicológica. Com apenas três rodadas é impossível arriscar palpites.

Aparentemente, o time do Atlético é muito melhor do que o paranaense, e, apesar do volume de jogo, perdeu. E não há nenhuma explicação que justifique. O rubro-negro do Paraná soube marcar um gol, não sofrer nenhum e venceu com toda a justiça.

Na prática, correu mais, buscou a vitória com a devida intensidade e o resultado positivo apareceu. Contestar o quê?

Nada a ver I. Marcelo Oliveira optou por um time totalmente reserva contra a Ponte Preta. Totalmente certo, apesar de muitos cruzeirenses contestarem. Alguns que me escrevem lembram o Espanhol para dizer que Real Madrid e Barcelona não poupam jogadores, apesar de jogarem aos domingos e nos meios de semana. Ora, ora, que elencos têm esses donos do futebol mundial?

Nada a ver II. Não há como comparar o que vivemos com o que vivem os europeus! Apesar de tudo, o quadro tende a piorar aqui para as nossas bandas. Os grandes clubes brasileiros devem muito, principalmente ao governo, que não tem dó nem piedade quando resolve cobrar de quem quer que seja. Ninguém escapa. Na Europa têm times e reservas do mesmo nível, diferentemente daqui.

Calma gente! Os americanos precisam tratar com mais calma o momento vivido pelo clube e pelo time. Pedem a cabeça do Givanildo Oliveira, mas se esquecem que trata-se de um treinador sério, incorporado ao espírito da diretoria, de tentar crescer sem gastar o que não pode. A goleada sobre o Santa Cruz é um bom sintoma.

Parece. A campanha do Cruzeiro nesta Libertadores está muito parecida com a do bi da Libertadores em 1997. Um time razoável, para não dizer “meia boca”, porém determinado. Naquele ano, o Grêmio era o favorito absoluto e o Cruzeiro teria que passar por ele, no segundo jogo, em Porto Alegre. Foi 2 a 1 no Mineirão e venceu por 2 a 0 no Olímpico, surpreendentemente.

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