CHICO MAIA

Futebol olímpico no segundo estádio mais caro do mundo

Redação O Tempo

Por Da Redação
Publicado em 08 de agosto de 2016 | 03:00
 
 

A seleção brasileira foi cercada de carinho em sua estada no Distrito Federal para estes dois jogos pelas Olimpíadas. Tirando a banda podre da política que a habita, Brasília é uma cidade fantástica. Toda vez que a visito parece que é a primeira vez, sempre com visões diferentes.

O estádio Mané Garrincha está entre os maiores escândalos da Copa, começando pela desnecessidade de reconstruí-lo tão grande e luxuoso, desaguando no superfaturamento e corrupção até agora impunes. Segundo a Pluri Consultoria, é o segundo mais caro do mundo: US$ 830 milhões, perdendo apenas para Wembley que custou U$ 1,13 mi

Mas já que o fato é consumado vamos usufruir dele da melhor maneira. Com 72 mil lugares, o novo Mané faz lembrar o também suntuoso Soccer City (94 mil lugares) em Johanesburgo, palco da abertura e encerramento da Copa de 2010.

Cadeiras muito confortáveis, mas quem ocupa as fileiras da parte mais alta corre um risco danado. Sem grade de proteção, em um tombo dali, nem a alma do sujeito chega inteira lá embaixo. Pelo visto o Ministério Público brasiliense é bem mais tolerante que o de Belo Horizonte. Por muito menos o estádio Independência teve partes interditadas até que obras de segurança fossem realizadas.

FOTO: Chico Maia
Transporte. Mineiro de Caratinga, Fábio Paceli Anselmo (esq.), com o filho Rodrigo à direita, a nora Bruna e os netos Pedro e Chiquinho. De carro até o Parque da Cidade e depois de ônibus até o Mané Garrincha.

De ônibus

Mesmo custando a fortuna que custou o Mané Garrincha ficou com o estacionamento por concluir. A maioria do grande público que prestigiou a seleção brasileira deixava o carro no estacionamento do Parque da Cidade (de graça), que fica perto, e pegava um ônibus, ao custo de R$ 2 para chegar ao estádio em menos de 10 minutos. As filas para os ônibus eram enormes.

Revista

Pela primeira vez experimentei uma revista de segurança na saída de um estádio. Para entrar no Mané Garrincha, os jornalistas têm o número de série do notebook anotado e, na saída, o aparelho tem que ser apresentado para nova conferência. Medo que algum terrorista deixe um similar lá dentro. O público só pode entrar com sacolas ou bolsas transparentes.