Chico Maia

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No caminho certo

Publicado em: Seg, 05/10/15 - 03h00

Contra o Grêmio, o Cruzeiro mandou no jogo o tempo todo, mas a finalização foi ruim, e o gol não saiu. Este é o grande problema da maioria dos times que, sem um “matador”, ficam pelo caminho.

Mano Menezes definiu bem a partida na entrevista depois do empate: “Na ânsia da vitória, poderíamos perder; então, a precaução foi o melhor caminho”.

Mesmo assim, esteve bem mais perto do gol que o Grêmio. O treinador cruzeirense é
consciente do que o time precisa nesta temporada: garantir-se na Série A e já montar um elenco competitivo para 2016. Já reabilitou Willian, encostado pelos antecessores. Na lateral direita, está apostando no Fabiano, que era cobiçado por vários concorrentes quando estava na Chapecoense, mas não conseguiu mostrar muito no novo ambiente. Com Mano, está ganhando confiança e mostra progressos.

Tudo indica que o Cruzeiro do ano que vem será muito melhor, porque está sendo montado agora. Não acredito que a maioria dos jogadores que estão na Toca fique em 2016, mas grande parte está sendo testada pelo técnico. Quem corresponder fica; quem não der conta vai tentar em outra freguesia. Mano indicará nomes para posições pontuais visando à próxima temporada.

Renovação. O Atlético deveria fazer o mesmo que o Cruzeiro e já garantir o técnico do ano que vem. O nome certo está lá mesmo: Levir Culpi, cuja competência não se discute e conhece o Atlético, no “conjunto da obra”, como poucos. Ele tem dito que fica, dependendo do resultado final da temporada, mas a diretoria deveria antecipar essa conversa. Pensar em outro comandante seria um atraso.

Ciranda. O grande mal dos clubes brasileiros é o tal do “começar de novo” todo fim de ano. Até o novo treinador chegar e, junto com o clube, definir o elenco da próxima temporada, os concorrentes mais organizados saem na frente, nas contratações e na preparação. No Galo, outro treinador não teria apostado em Giovanni Augusto e Dátolo, por exemplo. O clube teria que sair contratando.

Deficiências. Quando se vence, os defeitos são esquecidos. Só que o Atlético vem mostrando a sua maior deficiência: as finalizações. Quando o jogo estava 0 a 0, Giovanni Augusto desperdiçou duas oportunidades bem mais fáceis do que o gol que ele marcou. Pratto perdeu uma chance clara, mas é um jogador imprescindível.

Confiança. A mesma situação se aplica ao América que, retornando ou não à Série A, já deveria renovar com o técnico Givanildo. Ele é comprovadamente um bom treinador, identificado com o clube e que, com o devido tempo, tem condições de montar um time competitivo para o ano que vem. É importante lembrar que treinador é cargo de confiança.

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