CHICO MAIA

Os que vão e os que vêm nesta reta final de temporada

Redação O Tempo

Por Da Redação
Publicado em 27 de agosto de 2015 | 03:00
 
 

Com Atlético e Cruzeiro jogando à noite, impossível escrever sobre os jogos deles de ontem pela Copa do Brasil, mas assunto é o que não falta. No Galo, Guilherme é página virada. Mesmo atuando pouco, teve momentos decisivos e históricos a favor do time, como na Libertadores da América. Sem despedida, nem um tchau, uma nota fria para a imprensa, como foi a sua passagem pelo Atlético. É preciso que se dê um desconto por causa do drama físico que ele vive. Seu corpo não aguenta fazer o que ele é capaz: jogar continuamente o grande futebol que tem.


Outros caminhos

Faço minhas as palavras do Dr. Marcelo Godinho, ortodontista, mineiro de Governador Valadares, residente em Vila Velha (ES): “Sempre achei craque; nos ajudou em horas difíceis; sempre foi um prazer vê-lo jogar bola, toque refinado diferenciado. Mas eu joguei bola a vida inteira; uma coisa que sei fazer é isto e pra mim futebol é um êxtase. Mas não só nos últimos dias de Guilherme, assim como a eterna promessa Renan Oliveira, guardadas as devidas proporções, o futebol parecia sempre um fardo. Você sabe; na hora de entrar em campo, na hora do gol, na hora da assistência… Apesar de tudo, muito obrigado, Guilherme! Você me deu muitas alegrias! Vá buscar outros ares….”


A cabeça do Luxa

Grande parte da torcida e uma ala da imprensa pedem a cabeça do treinador. Há, inclusive, uma rede social com o título “Fora, Luxemburgo”. Há colegas jornalistas que dizem que o elenco cruzeirense tem potencial para fazer melhor campanha e que o time está é mal escalado. Não penso assim; além do desmanche feito, as contratações foram muito mal feitas, e nada baratas, como o Riascos, por exemplo, que naufraga com o Vasco, e vários outros que já foram dispensados. Assim como a demissão de Marcelo Oliveira foi outra besteira sem tamanho. Ele conhecia o elenco com as limitações e, certamente, não estaria fazendo tantas experiências como o sucessor está sendo obrigado a fazer.



Efeito passageiro

Dispensar Luxemburgo provocaria o mesmo efeito da demissão de Marcelo: jogadores se desdobram nos primeiros jogos subsequentes, ganham um ou outro jogo na base da motivação extra e depois voltam ao normal, atualmente, totalmente abaixo do nível das tradições do Cruzeiro.


Bobagens ao vento

Diz o ditado que “muito ajuda quem não atrapalha” e, nesse contexto, completamente desnecessária a entrevista coletiva que o diretor de futebol do Cruzeiro, Isaías Tinoco, concedeu na segunda-feira na Toca da Raposa. E pior: completamente infeliz. Ao invés de amenizar a situação, cutucou a torcida. Foi como apagar incêndio com gasolina. Diante da fúria dos torcedores nas redes sociais, o departamento de comunicação do Cruzeiro o chamou num canto e pediu que ele gravasse uma retratação na forma do famoso “fui mal interpretado” e postou no site do clube. Mostrou que está desatualizado do futebol profissional, já que estava comandando a base do Vasco antes de aceitar o convite do Dr. Gilvan para assumir a diretoria de futebol cruzeirense.


Negócios arriscados

E nessa de sair contratando na base do desespero, o Cruzeiro vai atrás do volante Uillian Correia, ex-Sampaio Corrêa, atualmente titular do Ceará, de onde veio também o atacante Marinho, que já está em baixa no clube. Sintomático: o Cruzeiro se “reforça” com dois jogadores do time vice-lanterna da Série B, que conseguiu somar 17 pontos em 20 jogos. Sim, 17 em 20 jogos.