CHICO MAIA

Pagou pelos erros

Redação O Tempo

Por Da Redação
Publicado em 26 de setembro de 2016 | 03:00
 
 

A maior virtude de Mano Menezes é o exercício da liderança. Poucos treinadores são tão respeitados pelos jogadores como ele, no que se refere à obediência tática. Graças a isso o Cruzeiro vem crescendo e conquistando pontos valiosos para fugir do rebaixamento. Tudo indicava que a história se repetiria neste jogo contra o Flamengo em Cariacica, até os 38 minutos do segundo tempo.

O time fazia um jogo inteligente, fechado, explorando os erros do adversário em estocadas pontuais, e, assim, conseguiu abrir o placar, aos 28, com Rafinha. Minutos antes o médico flamenguista Waldívio Junior lembrava que a maior dificuldade de todo treinador é conseguir a obediência “canina” dos seus comandados. Proféticas palavras!

O Cruzeiro se empolgou demais com o 1 a 0, com os gritos incentivadores da torcida de “olé...olé...” e continuou no ataque, abandonando a tática defensiva de exploração de contra-ataques. Esteve até mais perto da vitória do que o próprio rubro-negro, encurralado em seu campo defensivo em boa parte do jogo. Desperdiçou duas oportunidades com o Ábila e pagou caro por isso e pela desobediência tática. Achou que o Flamengo estava morto, pensou em marcar mais um ao invés de garantir os três pontos.

Reação americana. Mais uma vitória do América, agora sobre o Botafogo. Uma pena que Enderson Moreira tenha sido contratado tão tarde. O time é sofrível, mas a postura em campo é outra. Pratica o feijão com arroz, sem invenções, dentro das limitações que todos sabemos. Escapar do rebaixamento é muito difícil, mas o recomeço, visando um 2017 grandioso, é promissor.

O futebol ideal. Pressionado pelos resultados dos concorrentes, obrigado a vencer, o Atlético teve um início fulminante contra o Inter, do jeito que todo torcedor gosta de ver seu time jogando. Vontade, grandes jogadores, alta velocidade e precisão nos passes, o que originou o 1 a 0 feito por Fred, aos 14 minutos. Aos 28, Clayton fez um fantástico 2 a 0.

Juventude I. Em 1999, com apito de Antônio Pereira da Silva (Tonhão), de Goiás, o Juventude venceu o Botafogo em Caxias por 2 a 1 e empatou no Maracanã, 0 a 0, sagrando-se campeão, diante do maior público da história da Copa do Brasil: 101.581. O time era dirigido por Walmir Louruz e tinha jogadores com Mário Tilico.

Juventude II. Dizem que “porco magro é que suja a água”. O Juventude é o único time “pequeno” nas quartas de final da Copa do Brasil. Na final, no Maracanã, contra o Botafogo, tinha na escalação Émerson, Marcos Teixeira, Indio, Picoli e Denis, Roberto, Lauro (Kiko), Flávio e Mabília (Gil Baiano); Maurílio e Márcio Mixirica (Alcir).