Chico Maia

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Parabéns ao campeão!

Publicado em: Seg, 14/04/14 - 03h00

A expectativa é que seria um jogo de muitos gols, mas os sistemas defensivos prevaleceram. Sem falhas comprometedoras de nenhum lado, que rendesse gol, mais um 0 a 0 no clássico, que valeu o título invicto ao Cruzeiro que fez uma campanha irretocável: defesa menos vazada, ataque mais positivo e a melhor campanha na primeira fase da disputa.

Aos 42 do segundo, o árbitro gaúcho Leandro Pedro Vuaden apitou pênalti de Dedé em Jô, mas o bandeira Fábio Pereira, do Tocantins, marcou impedimento, erradamente, mas que fez Vuaden voltar atrás.

Mesmo erro que qualquer árbitro do mundo poderia cometer, inclusive um mineiro. Entretanto os clubes e a FMF preferem desprezar nossos apitadores.

A diferença entre árbitros de outros Estados para os nossos é que os de fora pegam o avião de volta para casa logo depois do jogo e assim não enfrentam a pressão.

No primeiro tempo parecia que o Cruzeiro era quem precisava vencer, já que manteve o seu estilo ofensivo. Partiu para o ataque usando principalmente os laterais, além de se aproveitar da quantidade absurda de passes errados dos jogadores do Atlético, notadamente Guilherme, Donizete e Pierre.

Cara a cara. Aos 23 Everton Ribeiro perdeu a melhor oportunidade ao ficar cara a cara com Victor e chutar para fora. Um minuto depois Julio Baptista também desperdiçou chance, obrigando Victor a fazer bela defesa. Os poucos lances de perigo do Atlético foram de enfiadas de bola de Ronaldinho, mas sem incomodar Fábio. A marcação cruzeirense foi impecável.

Mesmo ritmo. O segundo tempo começou do mesmo jeito. O Atlético não conseguia sair da marcação azul e os seus principais jogadores, Ronaldinho e Tardelli, não davam nem lampejos das jogadas desconcertantes que costumam fazer. Paulo Autuori apostou na velocidade de Fernandinho que entrou no lugar de Guilherme, mas também foi anulado.

Para refletir. Quando um humilde Ituano desbanca os maiores do Estado mais forte financeiramente do país, o contexto precisa ser avaliado com atenção. Incompetência dos grandes ou competência do estilo gerencial do clube de Itu, comandado por Juninho Paulista, e do jovem treinador, o ex-volante Doriva?

Mais mudanças. A partir dos 28 minutos é que o Atlético conseguiu chegar com mais constância à área cruzeirense, com as mexidas na base do tudo ou nada do técnico Paulo Autuori: pôs Neto Berola no lugar do lateral Michel e o volante Claudinei no lugar do Pierre, que tinha tomado cartão amarelo. Marcelo Oliveira reforçou a marcação e segurou o título.

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