Chico Maia

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Quem já tem treinador para 2016 está no caminho certo

Publicado em: Ter, 06/10/15 - 03h00

O Cruzeiro mandou no jogo o tempo todo, mas a finalização foi ruim, e o gol não saiu. Esse é o grande problema da maioria dos times, que, sem um “matador”, ficam pelo caminho. Mano Menezes definiu bem a partida na entrevista depois do empate: “Na ânsia da vitória, poderíamos perder. Então, a precaução foi o melhor caminho”. Mesmo assim, esteve bem mais perto do gol que o Grêmio. O treinador cruzeirense é consciente do que o time precisa nesta temporada: garantir-se na Série A e já montar um elenco competitivo para 2016.

Reabilitando quem estava queimado

Mano reabilitou William, encostado pelos antecessores. Na lateral direita, está apostando em Fabiano, que era cobiçado por vários concorrentes quando estava na Chapecoense, mas que não conseguiu mostrar muita coisa no novo ambiente. Com Mano, está ganhando confiança e mostra progressos. Tudo indica que o Cruzeiro do ano que vem será muito melhor, porque está sendo montado agora. Não acredito que a maioria dos jogadores que está na Toca atualmente fique em 2016, mas grande parte está sendo testada pelo técnico. Quem corresponder fica; quem não der conta vai tentar em outra freguesia. Mano indicará nomes para posições pontuais visando à próxima temporada.

Paixão que cega

Quando se fala de Atlético e Cruzeiro, a rivalidade costuma mexer com os miolos dos fanáticos. Qualquer pessoa normal, que gosta de futebol, está cansada de saber que o ideal para todo clube é terminar a temporada já com o treinador para a próxima definido, buscando jogadores disponíveis no mercado, sem atropelos. Alguns atleticanos não gostaram do que escrevi no blog ontem, que o Cruzeiro está no caminho certo e que o Galo e o América já deveriam conversar com os seus treinadores na tentativa de renovar antecipadamente os contratos deles. Outros disseram não entender por que o Cruzeiro está no caminho certo. Vamos lá então: estava correndo risco de rebaixamento, contratou um treinador da prateleira de cima (contrato até o fim de 2016), que melhorou o desempenho do time, está quase na zona de conforto em relação ao rebaixamento e, paralelamente, conversa com a diretoria para montar um time competitivo para o ano que vem. Se não entenderam de novo, repito quantas vezes precisar, em linguagem mais acessível a cada vez.

Renovação

O Atlético deveria fazer o mesmo que o Cruzeiro e já garantir o técnico do ano que vem. O nome certo está lá mesmo: Levir Culpi, cuja competência não se discute. E ele conhece o Atlético, no “conjunto da obra”, como poucos. Ele tem dito que fica dependendo do resultado final da temporada, mas a diretoria deveria antecipar essa conversa. Pensar em outro comandante seria um atraso.

Grandes nomes do rádio

Walter Luiz, Paulo Celso e Ronan Ramos em programa especial na Rádio Líder com o Kleyton Borges. Pena que será apenas uma “canja”, uma homenagem do Kleyton a esses grandes nomes da história do nosso rádio, além de figuras humanas espetaculares. Na próxima quarta-feira, 20h, na Rádio Líder de Itaúna, que pode ser ouvida no www.tonalider.com.br. Mais detalhes na página do Kleyton Borges no facebook:

 

Ciranda

O grande mal dos clubes brasileiros é esse de “começar de novo” em todo fim de ano. Até o novo treinador chegar e, junto com o clube, definir o elenco da próxima temporada, os concorrentes mais organizados saem na frente, nas contratações e na preparação. No Galo, outro treinador não teria apostado em Giovanni Augusto e Dátolo, por exemplo. O clube teria que sair contratando.


Confiança

A mesma situação se aplica ao América, que, retornando ou não à Série A, já deveria renovar com Givanildo. Comprovadamente bom treinador, identificado com o clube e que, com o devido tempo, tem condições de montar um time competitivo para 2016. Treinador é cargo de confiança.


Problema de sempre

Quando vence, os defeitos são esquecidos, mas de novo o Atlético mostrou a sua maior deficiência, que o fez perder tantos pontos “bobos” neste campeonato, contra adversários da prateleira de baixo: as finalizações! Quando o jogo estava 0 a 0, Giovanni Augusto desperdiçou duas oportunidades bem mais fáceis do que o gol que ele marcou. Lucas Pratto também perdeu uma chance clara, mas é um jogador imprescindível ao time.

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