Chuteiras e Gravatas
Novo torneio de nações já nasce gigante
Está com saudade da Copa do Mundo? Liga a TV hoje, às 15h15, na TNT – canal da Turner, dona do finado Esporte Interativo – e confira ao vivo o duelo entre Itália e Polônia pela Liga da Nações da Uefa, a nova competição do calendário mundial que vai aumentar a disparidade técnica e econômica entre as principais seleções do planeta. Pode até ser uma atitude bairrista, mas na Europa agora é assim: nada de amistosos; só vai ter grandes jogos nas datas Fifa a partir de agora! O torneio começou ontem, com nove partidas em quatro divisões.
Na Liga A, Alemanha e França, as duas últimas campeãs mundiais, se enfrentaram ontem. Embora o embate não tenha tido gols, já foi um bom cartão de visitas. O principal objetivo da Uefa é nivelar as seleções, equilibrar os confrontos e criar competitividade – teremos campeões e rebaixados –, atraindo, consequentemente, mais público, mais interesse da mídia e mais retorno financeiro. As 55 seleções ligadas à Uefa foram divididas em chaves, sorteadas no começo da temporada.
Regulamento
A Uefa definiu, por meio de ranking, as seleções em cada divisão. Na Liga A são quatro grupos de três times, que jogam entre si em jogos de ida e volta (são seis datas para os embates, de agora até o fim de 2018). Os campeões de cada chave se enfrentam nas semifinais e, posteriormente, na final, no meio do ano que vem. O pior de cada grupo será rebaixado, e, consequentemente, os melhores das ligas de acesso cavam um lugar na divisão superior.
Eurocopa
A Liga das Nações não vai concorrer com a Eurocopa, principal torneio do Velho Continente. A fase de qualificação da Euro 2020 será jogada em datas específicas espalhadas entre março e novembro do ano que vem. A Liga das Nações, por sua vez, dará quatro vagas para a Eurocopa. As quatro melhores seleções de cada liga que não tenham se classificado para a Euro via eliminatórias farão um play-off, dando ao vencedor uma vaga no Europeu, incluindo um time da Liga D.
Conflito
Se a Liga das Nações é boa para os europeus, ela é péssimas para seleções de outros continentes, que perdem a chance de disputar partidas de melhor nível contra as equipes da Europa. A CBF, aliás, reclamou da realização do torneio. No entanto, como os grupos têm três times, acaba que um deles acaba sobrando por rodada, ou seja, ficando disponível para encaixar um amistoso com uma equipe sul-americana, como Brasil, Argentina ou Uruguai.
Caça-níquel
A seleção brasileira entra em campo hoje, às 21h, contra os Estados Unidos, em Nova Jersey. E, na terça-feira, dia 11, enfrenta El Salvador em Washington, ambas partidas consideradas “caça-níqueis”, vendidas pela empresa detentora dos direitos comerciais de amistosos do Brasil. Nos dois jogos de datas Fifa de outubro, a seleção deve enfrentar Arábia Saudita e Argentina, duelos que devem ser realizados na própria Arábia Saudita, também por motivos comerciais.
Operação
Se já não bastasse amistosos contra adversários de baixo nível técnico, os jogos da seleção brasileira em datas Fifa têm gerado muita crítica por tirar jogadores importantes de clubes brasileiros. Cruzeiro e Flamengo precisaram montar uma operação com jatinho para trazer Dedé e Lucas Paquetá a tempo do jogo de quarta-feira. A Raposa enfrenta o Palmeiras, e, o rubro-negro, o Corinthians, pelas semifinais da Copa do Brasil.
Calendário
O calendário do futebol brasileiro para a temporada 2019 pouco vai mudar na comparação com 2018. Da mesma forma que a Copa do Mundo obrigou a paralisação das principais competições nacionais, a Copa América, que acontece entre 14 de junho e 7 de julho, assim o fará no meio da temporada passada. A única novidade para o ano que vem é que as finais da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana serão disputadas em jogos únicos.