Chuteiras e Gravatas

O poderio europeu para cobiçar mais uma Copa
Publicado em: Fri Apr 27 03:00:00 GMT-03:00 2018

A Europa é dona de 11 títulos mundiais e de outros 15 vice-campeonatos. Em apenas duas Copas, um europeu não chegou à decisão, em 1930 (Uruguai x Argentina) e em 1950 (Brasil x Uruguai). A presença de uma equipe europeia na final da Copa da Rússia, neste ano, será algo normal e natural. De olho nas favoritas do Velho Continente, continuamos a destacar o trabalho da InStat, empresa especializada na análise de desempenho no futebol, que mapeou as informações das seleções nas Eliminatórias para o Mundial. Segundo o último ranking da Fifa – de 12 de abril deste ano, não o que definiu os cabeças de chave da Copa – , as seis melhores equipes europeias são Alemanha, Bélgica, Portugal, Suíça, França e Espanha. Mas, por critério de tradição, vou deixar os suíços – que serão adversários do Brasil, aliás – de fora e dar vez à Inglaterra, campeã mundial em 1966. Os europeus ocupam seis das oito cabeças de chave do torneio: a anfitriã Rússia, Alemanha, Portugal, Bélgica, França e a Polônia, que deixei de fora da análise desta vez.

Espanha

É a equipe que tem a melhor defesa da Europa. Foram apenas três gols sofridos em dez partidas. Chama a atenção o fato de os três gols terem acontecido sempre após os 15 min do segundo tempo. Desses gols, dois se originaram de bola parada. O time troca mais de 800 passes por partida. Nenhuma europeia faz isso. E nenhuma outra move a bola tão rápido como a Espanha: dez passes precisos por minuto. David Silva é o cara: cinco gols e cinco assistências.

França

A França é líder da Europa em eficiência nos desarmes, com 66% de eficácia. Ela também lidera no quesito interceptações na linha de meio-campo, com 15, em média. Os franceses têm uma média de 20 dribles bem-sucedidos por partida, também o melhor índice entre os europeus. A equipe francesa consegue finalizar mais após jogadas de bola parada do que qualquer time europeu. Eles concluíram com arremates 34 vezes de um total de 67 tiros de canto que tiveram.

Alemanha

Foi a única equipe europeia a ganhar todos os dez jogos das Eliminatórias, marcando 47 gols na campanha. Nada menos do que 21 jogadores diferentes balançaram as redes. Só que nenhum jogador marcou mais do que cinco gols. Müller e Sandro Wagner fizeram cinco cada. Müller, aliás, teve participação em 12 gols, considerando assistências e gols efetivamente. Escolhido o melhor jogador da seleção em votação popular, o lateral Kimmich foi titular em todas as partidas.

Bélgica

O escrete belga atua no esquema 3-4-3 e só usou 26 jogadores em toda a campanha nas Eliminatórias. O craque Hazard participou de 19 ataques com gols, atrás apenas de Cristiano Ronaldo, em Portugal. A Bélgica fez 36 gols com a bola em jogo, mais do que qualquer outro time da Europa. Foi também o time com mais gols marcados fora da área: seis. A campanha da equipe foi marcada por duas goleadas acachapantes: um 9 a 0 sobre Gibraltar e um 8 a 1 na Estônia.

Inglaterra

O time inglês é daqueles que gosta de grandes emoções nos instantes finais. A equipe fez cinco gols após os 90 minutos de partida. A Inglaterra tem uma formação sólida para conter os contra-golpes. Ela não tomou nenhum gol em contra-ataques. Em 16 ofensivas adversárias nessas condições, o oponente só conseguiu finalizar uma vez. O atacante Harry Kane demonstrou alta eficiência nos arremates. Em dez chutes, fez cinco gols.

Portugal

O time português gira em torno de Cristiano Ronaldo. Ele foi considerado o melhor das Eliminatórias pelo índice InStat, com 400 pontos, o mais alto do torneio. Ele fez 15 gols na competição, um a menos do que o artilheiro Lewandowski, da Polônia. O melhor do mundo participou de 24 ataques portugueses que resultaram em gols, mais do que qualquer outro jogador. O time não foi vazado em sete dos dez jogos e só perdeu a primeira partida. Venceu as outras nove.