Coluna do Jacare

Street Scrambler 900

Publicado em: Qua, 03/01/18 - 02h00

A fabricante britânica Triumph Motorcycles foi quem lançou as primeiras motos scrambler, feitas para andar em todo tipo de terreno, quando ainda não havia os modelos trail ou cross. A Triumph observou as transformações que os jovens da época faziam para andar na terra e lançou a moto pronta para o uso misto. O modelo Bonneville Street Scrambler 2018 é uma obra requintada que guarda todas as características e semelhanças dos modelos originais da época, porém absorvendo as tecnologias atuais como injeção eletrônica, freios com sistema ABS e controle de tração, que podem ser desligados, e muitas outras parafernálias eletrônicas de resguardo da segurança e de rendimento.

A originalidade scrambler é vista no escape duplo mais alto, quase perto do banco, nas rodas raiadas de 32 peças com pneus de uso misto, no tanque arredondado e no guidommais largo. O visual da Street Scrambler é bonito, limpo e clássico, quase rústico, pois o foco do modelo é a versatilidade para uso geral, tanto na cidade como nas estradas de terra. Tanto é assim que vem com pedaleiras sem borracha como nas motos trail e amortecedores mais altos.

Motor de dois

A Triumph segue a tradição na Scrambler também no visual de seu motor, com tampas e moldes clássicos, arredondados e polidos. Ele é um dois cilindros paralelos de 900 cc (o mesmo de toda a linha Bonneville), que rende 55 cavalos de potência a 6.000 rpm e 8,15 kgfm de torque a 2.850 rpm. Oferece grande força de arranque, diminuindo as trocas de marchas, sendo comandado por acelerador eletrônico.

Esse motor adota a refrigeração líquida, mas no cabeçote tem ainda, por motivos estéticos do estilo retrô, as antigas aletas de refrigeração a ar, que acabam por ajudar na tarefa. O radiador de água é eficiente e, por isso, tem reduzidas dimensões, e quase não é notado, o que reforça o aspecto antigo do modelo.

Um falso carburador esconde os injetores modernos. O propulsor tem câmbio assistido de cinco marchas, com a quinta mais longa, e a transmissão é feita por corrente. A suspensão é telescópica na frente e de dois amortecedores alongados com ajuste de pré carga atrás.

A nova moto vem sem pedaleiras e banco para o garupa. Esses e outros 150 equipamentos são fornecidos como opcionais de customização do modelo, que, mesmo com o acabamento rústico, com o preparo para o uso off-road, como a fabricante informa, também pode levar enfeites e acessórios de acordo com o gosto do dono, para diferenciá-la.

Para poder rodar em todos os tipos de piso, os pneus são de uso misto nas mediadas 100/90-19 e 150/70 R17 na traseira. Mesmo sendo despojada, por conta do estilo scrambler, a moto vem com luz de LED, entrada USB e computador de bordo. A nova Triumph Street Scrambler 900 chega com o preço sugerido em São Paulo de R$ 42 mil.

Ficha Técnica:

Street Scrambler 900

Motor: 2 cilindros paralelos, 900 cc, cabeçote simples com 8 válvulas, refrigeração líquida e injeção eletrônica

Potência: 55 cv a 6.000 rpm

Torque (força): 8,12 kgfm a 3.230 rpm

Câmbio: 5 marchas

Chassi: berço de aço tubular

Suspensão: (D) garfo simples (T) 2 amortecedores

Freio ABS: (D) disco (T) disco

Pneus: (D) 100/90-19 (T) 150/70 R17

Tanque: 12 L

Peso seco: 206 kg

Preço em SP: R$ 42 mil

 

MOTONOTÍCIAS

A Honda Pop 110i, a mais acessível (e mais simplória, mas com motor confiável e mais barata) da Honda, comemora 1 milhão de unidades vendidas. Sem dúvida, um marco no segmento de motos. Ela tem substituído o cavalo no sertão e em outras áreas rurais de todo o Brasil.

2017 marcou o setor de motos como o ano em que o scooter caiu no gosto dos brasileiros. Novas tecnologias, como os freios combinados e o sistema ABS, foram adotadas na baixas cilindradas. Uma nova marca de motos entrou oficialmente no mercado: a indiana Royal Enfield, com motos de 500 cc, visual clássico dos anos 50 e preço quase popular.

2017 foi também o ano em que a alemã BMW Motorrad, que só fabricava motos de grande porte, se rendeu à crise mundial e montou, na Índia, a G 310R, entrando no segmento de pequenas. Tradição sem capilaridade é perda de publicidade. Com isso aumentou as opções aos consumidores, além de popularizar tecnologias que eram utilizados somente nas motos maiores. E também instigar as marcas tradicionais, de pequenas e médias, a se mexerem para não perder clientes.

2017 será lembrado, também, pela crise financeira, ruim para o país, mas boa para os amantes das duas rodas, pois fez as marcas se mexerem e melhorarem seus produtos para não perder tantos clientes. Assim, marcou o término da fase em que uma marca famosa fazia a moto como queria com pouca tecnologia e vendia tudo. Nesse ponto podemos dizer: há males que vêm pra bem!

Passeio Pra Moto

SÁBADO

1° Motopasseio Loucos das Gerais até Paraopeba. Saída às 8h30 do posto Bel, de frente da Itambé, Cidade Industrial, BH. (31) 973 644 205.

Aniversário do Costão Nômade Abutre em BH. DJ Jabur KM. (31) 996 893 867.

DOMINGO

1º Motopoint MC Motos Sobre Trilhos em Sarzedo. Níver da Flávia. (31) 986 481 521.

TERÇA

09/01 tem o 73º BH Motopoint, em Contagem, às 19h, com show de rock e entrada franca. MCs organizadores: Racer Bravo, Anjos do Asfalto, Família Real, Veloster, Motoget, Irmãos Coragem, Rebeldes, Moicanos e Sidão Motoca. (31) 987 315 115.

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