COLUNA DO JACARÉ

Yamaha MT-07

Menor naked da família MT(700 cc) é a próxima prevista para ser lançada em solo Tupiniquim, ainda neste semestre

Por Da Redação
Publicado em 14 de janeiro de 2015 | 04:00
 
 
Nova Yamaha MT-07 de 700 cc Fotos Yamaha/divulgação

A Yamaha acordou da antiga letargia de projetos, que vinha há anos sendo adotada no Brasil com modestos lançamentos. Bem, isso ficou para trás, segundo confirma os modelos apresentados recentemente. A nova Yamaha MT-07 é uma delas e deve ser o próximo lançamento no Brasil e, segundo boatos, até o meio do ano. Trata-se de uma moto estilo naked, sem carenagens, de média cilindrada e tecnologia de ponta. Segue a cartilha atual do torque alto e o conforto máximo para uso no dia a dia, nas cidades, e surpreender o piloto na estrada. Para isso o chassi é leve e estreito, com o motor de dois cilindros fazendo parte do quadro. Segundo jornalistas especializados na Europa, a MT-07 entrega o que anuncia: força, manobrabilidade excepcional, conforto e satisfação, com adrenalina, na pilotagem em estradas sinuosas. O visual, como é praxe na Yamaha, vem moderno, radical e caprichado, dispensando comentários: o leitor pode verificar na imagem.

Desenvoltura e tração

Uma das características dos modelos MT (Máximo Torque) é a força despejada para agradar a quem preza um motor de resposta linear com controle e maneabilidade reforçado pelo conjunto final, que se revela bem desenvolvido para obter o máximo em rendimento, conforto e prazer na pilotagem. O motor da MT-07 tem 689 cc, refrigeração líquida, potência de 74,8 cv a 9.000 rpm e torque de 6,9 kgfm a 6.500 rpm. A arquitetura é dois cilindros em linha com ignição em momentos diferentes, resultando em movimentos cruzados dos pistões: um sobe, e o outro desce, determinando, juntamente com as novas tecnologias atuais empregadas, um propulsor de grande torque e de muito rendimento.

A combinação de chassi estreito e o entre-eixos na mediada, completam o serviço, que oferece grande estabilidade e desenvoltura à altura da usina de força do modelo. A suspensão traseira utiliza o monoamortecedor acoplado horizontalmente diretamente no cárter, recurso que contribui para diminuição do peso e a centralização das massas mais embaixo, melhorando a ciclística do modelo. As lâmpadas traseiras são de LEDs e as rodas usam aros de dez pontas, ajudando no visual. O painel digital vai fixado no guidão facilitando a visualização. A Yamaha MT-07, na Europa, tem preço abaixo das concorrentes, aproximadamente R$ 20 mil, que, em muitos casos, têm motor menor. Vejamos no Brasil como será, se o modelo for mesmo confirmado.

MOTONOTÍCIAS

O pagamento do adicional de periculosidade de 30% do motoboy foi suspenso, e não extinto, em dezembro, por Liminar da Justiça Federal de Brasília, a pedido das empresas fabricantes de refrigerantes. A Lei do Adicional e a Portaria que a regulamentou, depois dessa Liminar julgada, continuarão valendo. Ou seja, o motoboy vai voltar a receber os 30% sobre seu salário e os valores retroativos que, por desventura, deixar de receber nesse período da suspensão.

O adicional já vinha sendo pago antecipadamente. Algumas poucas empresas, reconhecendo que os 30% são merecidos, começaram a pagar mesmo antes da portaria ser editada. É o caso da Superlog (distribuição do jornal O Tempo), única de entrega de jornais a valorizar os seus colaboradores em duas rodas, que já paga o adicional de periculosidade desde o ano passado.

Motoboy feliz trabalha melhor. Na prática é muito bom para a empresa que se continue pagando esse adicional do que suspender e depois ter que gastar mais para quitar os valores retroativos, pois a Liminar não pede para acabar com a lei, mas, apenas reclama do processo de elaboração da portaria que a regularizou. Então, o adicional de periculosidade dos trabalhadores está garantido e não vai ser extinto, apenas está suspenso, temporariamente.

Os 30% do adicional só será interrompido por empresa que esteja com o caixa fraco ou com assistência jurídica medíocre, pois se paralisar agora, mais à frente terá que pagar os atrasados. Fazendo as contas, é melhor continuar pagando o que é direito dos trabalhadores e contar com a sua satisfação na presteza de seus serviços essenciais de motoentrega. A empresa que preza seus clientes continuará a pagar os 30% aos motoboys, que depois de longa luta por um direito se veem, agora, surrupiados do pão que já estava na boca, prestes a ser engolido.

Adicional do motoboy ainda... É intenção da Associação dos Motociclistas Trabalhadores (Amot-MG) e, do Sindicato dos Motociclistas Autônomos (Sindimoto-MG), em apoio, convocar uma manifestação nacional de motoboys contra essa Liminar, atendendo os pedidos de seus associados. A Amot-MG aguarda a repercussão e a atitude geral das empresas para agir. Espera-se que o bom senso prevaleça e que os motoboys continuem a receber o que é direito deles por lei e por justiça.

Motoboys podem parar. Essa paralisação seria preventiva para alertar os patrões de que a classe dos motoboys não abre mão de seu direito, que vem, não só amenizar financeiramente o perigo que correm sobre uma moto, mas, também, aumentar o salário da classe, já tão baixo por culpa da ação fraca da direção do Sindicato dos Motociclistas Profissionais de Minas Gerais (Sindimotocicli-MG), que deveria defender e lutar pela classe, que representa tão mal.

O transporte coletivo de BH continua péssimo. Os ônibus, em sua maioria, são ruins, duros, malventilados, malconservados e barulhentos. E desses, os piores estão servindo no trajeto mais longo, indo para a periferia. Ou seja, quem fica mais tempo no ônibus tem os piores veículos para levá-lo ao seu bairro, sem o mínimo conforto. Assim, a moto que passa rápido na pista provoca no passageiro cansado, um olhar de esperança de um dia poder pilotar uma também. Presenciei isso numa viagem que fiz até Neves, dias desses, numa jardineira, digo ônibus muito velho.

Rendo homenagens póstumas, com tristeza, pela morte trágica do Marquinhos Espantalho(MC Abutres) de Raposos, que foi atropelado na porta da sede do MC em BH, no último sábado.