Dolce Vita

Enfim a verdade

Redação O Tempo

Por Paulo Navarro
Publicado em 28 de outubro de 2017 | 04:00
 
 
Emprestando sua beleza na 7ª edição da sua White Party, Julia Garcia Edy Fernandes/Divulgação

Lança-perfume

Segue a via crucis: Agora, o capítulo Balança, Mas Não Cai. No ônibus de trem fantasma de parque de diversões, parafusos frouxos nas estruturas, janelas e bagageiros rangem a noite toda. Nosso infeliz amigo foi obrigado a calçá-los com papelão!

Missão Impossível: dormir, cochilar. Nem com mil caixas de Rivotril, como faz nossa amiga – nos aviões da vida – Narcisa Tamborideguy.

Cereja do bolo: o cheiro de desinfetante barato no toalete. Acendam um vulgar cigarro no banheiro e será expulso, abandonado na estrada. Todos os outros odores, suores e fedores são tolerados.

Imoral da história, resumo da ópera bufa: Saudades da civilização! Como podem tratar cidadãos assim, isso, no Sul Maravilha?

Como podem os mesmos cidadãos aceitarem estas afrontas diárias e seculares? Os brasileiros, infelizmente, acostumaram-se e aceitaram os maus tratos.

Estradas assassinas, aviões caríssimos, ônibus como navios negreiros! Quanta falta do básico obrigatório, quanta falta de direitos; de metrô, de trem, de respeito, de vida, de vergonha na cara!

No Brasil é pecado ser rico e castigo ser pobre: Nunca verás um “Paris” como este!