Dolce Vita

Dolce Vita

Momo acordou

Publicado em: Sex, 24/02/17 - 12h08

O Carnaval de BH vem ressuscitando desde 2011 com heroicos e solitários blocos de rua. Este ano, foram cadastrados 363. Espera-se mais de 2,4 milhões de foliões e o dobro da renda de 2016. Assim, hotéis investem em marketing: descontos e venda de ingressos, como o Intercity, que nos envia material nesse sentido.

Momo quase feliz

E a concorrência é grande. Segundo o presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes e Bares de BH (Sindhorb), Paulo Pedrosa, o Carnaval assume o aumento de 5% a 10% na taxa de ocupação. Geralmente restrita a 40% a 45%, está longe de atingir o ideal para o setor: taxa média entre 60% a 70%.

Momo & Godot

À coluna, Pedrosa disse que é preciso outros incentivos para fomentar o turismo, sobretudo o de negócios: “Desde a Copa do Mundo, em 2014, o setor vive momento complicado; muitos hotéis fechando ou abraçando outras atividades. A oferta ficou maior que a demanda. Falta de uma política eficaz para atrair novos eventos”.

Godot e o bonde

O presidente do Sindhorb ressalta a necessidade da construção do Centro de Convenções da Avenida Cristiano Machado para grandes eventos, além do Expominas. Sugere também que, para a incrementação do turismo, seja concedida redução de carga tributária nos empreendimentos do setor.

Bonde e banda

A diminuição da alíquota de 5% para 2%, a abertura dos voos no aeroporto da Pampulha, maior investimento nos centros de informação aos turistas e a criação de ônibus turístico circulando nos principais atrativos da capital mineira são outras medidas para fomentar o turismo.

Banda da ilusão

Tudo bem, tudo bom, e perguntar não ofende: ok, mas, sinceramente, o que um turista tem a fazer, conhecer; para deslumbrar-se e fotografar em Belo Horizonte?

Dose pra leão

Há muito faz sucesso, no maravilhoso e perigoso Planeta Internet, um texto atribuído ao presidente de uma rede de fast food. Se o autor foi inventado, o desabafo de um empresário brasileiro, com ou sem crise, é perfeito. A seguir, os melhores momentos.

Dose cavalar

“Quer me chamar de coxinha, paneleiro, elite branca, bebedor de Black Label? Acho até divertido, mas, antes, faça um favor ao seu país, faça o que eu faço: emprega alguém! Na CLT! Paga tudo direitinho! Coloque todo seu dinheiro na sua ideia. Pega um financiamento, com os maiores juros do mundo. Aluga um espaço, escritório, loja! Compra um estoque!”.

Dose pra elefante

“Se o governo tirar o incentivo para o consumo, não desanima. Pega outro empréstimo (com os mesmos juros). Paga os juros do primeiro empréstimo com outro empréstimo! E vai com fé! Paga o 13º e as férias, sem vender nada em dezembro, janeiro, fevereiro... Nem no Carnaval ou na Copa das Copas, que te deu 12 dias úteis num mês”.

Dose para baleia

“Paga mais para os teus fornecedores, já que seus custos também aumentaram devido à energia, gasolina etc. Mas, diminua o preço, pra tentar ser competitivo. Tenta fazer com que uma estrutura enxuta seja perene. Vai ser difícil, já que o seu cliente está quebrado e não pode te pagar mais. Corra o risco de quebrar de vez, perdendo todo capital que você investiu”.

Dose pra dinossauro

“Fez tudo isso? Beleza! Me chama do que quiser. Você é um herói. Fez nada disso? É político, está encostado em alguma bolsa? Mama na viúva, nos pais, é vagabundo? Mil perdões, mas cala a boca! E vá pra PQP!” E olha que a PQP é mais honesta!

Lança-perfume

Franklin Bethônico, que anualmente promove festa para assistir à entrega do Oscar, comunica que este ano vai pular a produção do evento.

Coincidindo com o Carnaval, o diretor do Automóvel Clube diz que vai pular mesmo é outra folia: “bem longe daqui”.

Bacana ver, nos bloquinhos que antecederam o nosso Carnaval, as ruas e bares tomadas pela bela moçada de Belo Horizonte.

Gatas bronzeadas exibindo a marquinha do biquíni faziam mais do que cantar “vou beijar-te agora, não me leve a mal, hoje é Carnaval”, colocavam em prática a onda do verão: o amor esportivo.

Presente na folia da 68 La Pizzeria, Lucio Rossi, diretor da LVMH, entre um brinde e outro, comemorava também o Carnaval de Salvador, que vai curtir ao vivo.

Para a folia, exclusiva para convidados, Lúcio convidou Ana Dourado, da Agência New, e Guilherme Parreiras. Comemorava também o patrocínio oficial da Fórmula 1 para os próximos dez anos.

No Rio de Janeiro, Omar “Catito” Peres, em três meses, colocará em circulação o Jornal do Brasil, que acaba de adquirir. Antes disso, carimba o seu nome, junto a Ricardo Amaral, no novo Hippopotamus.

---

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo mineiro, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.

Siga O TEMPO no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar a nossa comunidade.