Dolce Vita

Rua Ramalhete

Redação O Tempo

Por Paulo Navarro
Publicado em 07 de julho de 2018 | 03:00
 
 
O dublê de chef Eduardo Pereira, vulgo “Beijinho” e sua fiel escudeira Beatriz em tempos de comemoração de aniversário PNC/Divulgação

O cantor e compositor Tavito, integrante do Clube da Esquina, cantou em verso e prosa, um retrato dos bons tempos da antiga Belo Horizonte que não voltam mais. “Rua Ramalhete”, seu maior clássico, diz: “Sem querer fui me lembrar/De uma rua e seus ramalhetes/O amor anotado em bilhetes/Daquelas tardes”. Achamos nas redes sociais um texto de Paty Soares que traz uma leitura em preto e branco dessa Beagá de outras épocas: “A Rua Ramalhete era uma ruazinha de Belo Horizonte composta de um quarteirão só. Começava na Rua do Ouro, no alto da Serra, bairro de classe média onde a família de Tavito residia e terminava num córrego cristalino que corria onde hoje é a extensão da Rua Estêvão Pinto. Havia o costume entre a meninada que estudava no Colégio Estadual (Sucursal Serra), de sair das aulas à tardinha e varejar pela Rua Ramalhete. Explica-se; a rua era povoada por moças, lindas todas, naquela idade em que se adolesce e o coração dos moços adoece”.

Rua de brinquedo

Continua Paty: “Não havia trânsito de automóveis na Rua Ramalhete. Aos domingos, as meninas estendiam a rede de vôlei de lado a lado, jogava-se o dia inteiro, e os carros que se danassem. As noites sempre eram sonorizadas por rodas de violão entremeadas de castos namoricos furtivos. Aos sábados, festinhas onde se dançava coladinho ao som da boa música da época, Beatles e bossa-nova, Luiz Eça e Herman’s Hermits. Isso tudo ficava a poucos quarteirões do vetusto Colégio Sacré Coeur de Marie, severo que só, com suas freiras de cenho franzido e hábitos negros como a noite negra. Esse colégio despejava na rua, duas vezes por dia, magotes de moças ensolaradas e sonhadoras, com suas saias de madras enroladas na cintura para que os moços pudessem ver seu joelhos (quem sabe a primeira sugestão das coxas), tudo dentro dos limites do combinado como ‘linha da decência’. Esse trajeto Sacré Coeur/Rua Ramalhete constituía o dia a dia de Tavito e sua turminha de garotos normais, na fase mais doce da vida, tão doce que às vezes não nos apercebemos dela – a não ser anos mais tarde. Nesse território, Tavito e seu violão eram absolutos”. Tempo bom que não volta mais.

Lança-perfume

No dia 7 de agosto ocorre o BrazilFoundation Gala Minas Gerais, no Centro Cultural Banco do Brasil, e tem como objetivo mobilizar recursos para financiar projetos no Estado.

A atriz e embaixadora da BrazilFoundation Flávia Alessandra será a mestre de cerimônia da noite e show de encerramento será da Preta Gil.

O homenageado será Rubens Menin, fundador e atual presidente do Conselho de Administração da MRV.

Beijinho é bom companheiro, ninguém pode negar. Ele, que é o dublê de chef, fiel amigão dos amigos, tem sua casa como referência de integração dos chegados e família. Junto com Bia, carimbou o fino prazer da gastronomia na cidade: AhBon!, Eddie Burger e Specialli.

Com ela também compartilha a paixão pelo trekking e agora pelos 4x4. Salve o bom exemplo!