Diversificar a pauta de exportação de Minas Gerais e agregar valor aos produtos exportados continua sendo, hoje mais do que ontem, o grande desafio de governantes e da iniciativa privada, independentemente de qualquer matiz ideológico ou partido que esteja no poder.
O cenário atual é extremamente desafiador e exige muito trabalho na empreitada visando incrementar o comércio externo, principalmente quando se verifica que o país não está adequadamente preparado para enfrentar a concorrência no mercado internacional.
Obras reivindicadas há anos no campo da infraestrutura de transporte, em seus diversos modais, foram sucessivamente sendo postergadas, onerando o chamado “custo Brasil” a níveis insuportáveis.
Defronta-se o país, também, com graves problemas no fornecimento de energia e uma carga tributária demasiadamente pesada. Em meio a essas dificuldades difíceis de superar, a conjuntura atual é um misto de crise profunda, com recessão já instalada, e falta de confiança do investidor.
É exatamente em meio a essa turbulência, que parece ainda distante do fim, que o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, lança, nesta quarta-feira, em Belo Horizonte, o Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE), braço de um programa do gênero do governo federal que foi apresentado em junho.
A cerimônia, como de praxe, promete reunir grande número de empresários na sede da Fiemg, além do governador Fernando Pimentel, secretários de Estado e técnicos da área no governo e fora dele. A meta é reunir 2.000 empresas de 15 setores com potencial exportador.
O presidente da Fiemg, Olavo Machado Júnior, bate palmas para a iniciativa. No entanto, outras tantas com objetivo mais ou menos idêntico pouco renderam. Minas continua com sua pauta fortemente lastreada em duas ou três commodities e tem no minério de ferro vendido à China uma de suas principais fontes de receita.
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