Em sete anos, a vacinação contra o sarampo evitou 21 milhões de mortes em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mas a doença ainda é capaz de causar 100 mil mortes anuais, a maioria de crianças de 0 a 5 anos. Por isso, não se deve minimizar a importância da campanha Dose Zero.
Uma das razões da reemergência da enfermidade no Brasil é a negligência das pessoas em relação à aplicação da segunda dose da tríplice viral – justamente a que garante a imunização completa. Em Minas Gerais, quatro em cada dez habitantes entre 1 e 49 anos não tinham sido vacinados duas vezes contra o sarampo até fevereiro deste ano. Já entre os recém-nascidos até o primeiro ano de vida, a cobertura é a mais abrangente: 98% das crianças foram imunizadas.
O atual surto, que tem mais de 1.600 casos no país, não se confirmou em Minas. Mas a presença em Estados limítrofes, como São Paulo, Rio, Goiás e Espírito Santo, reforça a necessidade de não se descuidar da prevenção.
O objetivo da campanha Dose Zero é justamente proteger 1,4 milhão de crianças entre 6 meses e 1 ano, 130 mil delas mineiras. Um reforço que – é essencial salientar – não dispensa a necessidade da aplicação das duas doses aos 12 meses e aos 15 meses de idade – ou com o intervalo de 30 dias para quem tem 2 anos ou mais.
Por mais de 50 anos, a vacina tem sido usada em todo o mundo, de forma segura, eficiente, acessível, conforme recomendação da OMS. Nesse sentido, o papel da família é fundamental, garantir que as crianças recebam a dose extra, não descuidar do calendário de imunização de todos os seus integrantes, comparecer aos postos de saúde e desconsiderar fake news em redes sociais que atribuem à medicação efeitos nocivos não comprovados pela medicina.
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