EDUARDO AQUINO

Afinal, homem presta ou não?

Redação O Tempo

Por Da Redação
Publicado em 17 de dezembro de 2017 | 03:00
 
 

Aquela velha máxima que não quer se calar: será que homem não presta? Posto isso, algo tão ouvido por aí, é de se estranhar que as meninas queiram tanto um para chamar de seu. Vá entender... A bem da verdade, quem deveria explicar essa incoerência são as feministas e femininas em geral. Adoro ambas. Pois, após longos anos de observação, tendo a achar os meninos extremamente simples. Quase banais e beirando puerilidade quando alcoolizados.

O problema é que as meninas querem entendê-los usando como modelo, o jeito mulher de ser. Pronto, aí complica tudo! Homem não menstrua, não tem TPM, não gera, não pare, nem amamenta. Simples assim. Não faz as unhas, não gasta horas com cabelo, maquiagem ou observando criticamente outra mulher. Não carrega nas costas um fardo de culpas que começa na administração do lar, educação de filhos, sexos sem desejo e pressão no trabalho.

Ah! Ia me esquecendo: cuidar de pais, avós e netos. E se manter atraente, mesmo com o fogaréu da menopausa, estrias e celulite.

Mas falávamos dos homens não é mesmo? Aliás, onde estão agora? No bar com amigos, na pelada que não acaba, na sauna com conversa tão fiada que ninguém da crédito. Mau humorado quando o time perde, um bando de botões quando ganha. E falando do rabo de saia alheio, quando na verdade mal da conta da própria cama.

Homem presta: atenção na TV, na piada na rede, nas musas inspiradoras, e nos carro, lógico! No filho, às vezes, poder aparecer sempre. Mas homem, homem mesmo, observa, respeita e aprende com a nova mulher. Recicla, evolui e partilha. Escuta, pois é da mulher ser verbal. Respeita, pois é feminino inovação ser de fases. Divide, pois filho é sempre resultado da soma multiplicada pelos dois. Casa é o abrigo de uma família e trabalho o conjunto de esforço dos que vão a caça. Enfim, minhas meninas, préstimo e um conjunto de valores que nós, antigos e acomodados patriarcas, precisamos aprender com vocês, nestes novos tempos inexoravelmente feminino, para criarmos uma convivência mais harmônica e justa. Nos ensinem. Queremos sim, discutir a relação. Só não sabemos como.