Meio de transporte secular

No Dia Mundial da Bicicleta, conheça quatro motivos para pedalar com frequência

Deslocamento prático e eficiente ganha ainda mais valor no meio da pandemia do novo coronavírus

Por Daniel Ottoni
Publicado em 03 de junho de 2020 | 18:29
 
 
Alguns países têm incentivado a população a fazer os deslocamentos diários por meio da bicicleta Guanaco Produções - Semexe

Depois das férias, voltamos à programação normal. 

Sou um ciclista (de cidade) há muitos anos e conheço as vantagens de se pedalar. Pedalo muito menos do que devia. Na pandemia, o que poderia ser uma boa chance se transformou em duas saídas. Me lembraram que pedalar podia me fazer bem e claro que faria. Mas preferi fazer valer o pedido pra ficar em casa. 

A pandemia do novo coronavírus irá transformar, também, os meios de transporte. A bicicleta, sempre tida como eficiente e prática, ganha um motivo a mais na tentativa de se evitar aglomerações. O Dia Mundial da 'magrela', neste 3 de junho, reforça que sua presença tem tudo para ser ainda maior na pós pandemia. Conheça quatro motivos que apontam para um futuro diretamente ligado às bikes.

1. Mais vendas - O jornal The New York Times publicou, em maio, uma matéria sobre o crescimento exponencial de compradores de bicicleta em certas regiões dos Estados Unidos. As vendas de bikes de lazer cresceram 121%. No Brasil, a tendência se repete. De acordo com dados da startup 'semexe', há maior busca por produtos, principalmente de mountain bikes e elétricas. A plataforma teve 223% de crescimento nos últimos três meses. 

2. Atividade física  - Ficar dentro de casa aumenta a necessidade por não ficar parado. Seja na rua pedalando, com toda a segurança possível, ou em casa, a bike proporciona muitos ganhos físicos. Em ambientes fechados, uma boa alternativa são os rolos, para pedalar sem sair do lugar. O aplicativo Zwift, que simula ambientes ao ar livre e competições de modo virtual, também cresceu em número de downloads. O triatleta Igor Amorelli, por exemplo, utiliza no dia a dia. 

3. Bem na fita - O Brasil conta com o número 2 do ranking mundial, o fluminense Henrique Avancini. Maior nome da história do ciclismo brasileiro, ele tem acumulado bons resultados internacionais e batido de frente contra países que, até pouco tempo, pareciam insuperáveis. A presença de Avancini fez os adversários mirarem o Brasil com outros olhos. O mineiro Guilherme Muller também participa das etapas da Copa do Mundo. 
 
4. Caminho necessário - Como medida de prevenção ao Covid-19, alguns países têm incentivado a população a fazer os deslocamentos por meio da bicicleta. Na França, as autoridades locais criaram um fundo de 20 milhões de euros. Este montante inclui um incentivo para que haja manutenção de bicicletas usadas.