José Reis Chaves

Desenrolando a Teologia do Espírito Santo

Santíssima Trindade, dogma e importância do conhecimento

Por José Reis Chaves
Publicado em 13 de novembro de 2023 | 07:00
 
 
Leia artigo de José Reis Chaves sobre Teologia do Espírito Santo e a Santíssima Trindade Ilustração O TEMPO

Com o devido respeito à boa-fé dos teólogos trinitaristas, lamentamos ter que dizer que eles fizeram um balaio de gatos com a teologia cristã.

Recomendo a você que lê este artigo que, se tiver dificuldade para aceitá-lo, que continue crendo, normalmente, na Santíssima Trindade do jeito que você aprendeu e a apreendeu, pois você não vai perder nada do seu amor a Deus. E Ele não condena ninguém.

Porém, é sempre bom entender o que é objeto da nossa crença. É o que se vê, mais ou menos, neste conhecido pensamento de Santo Agostinho: “Acredito, logo compreendo.”

A doutrina Espírita procura crer também assim: crendo compreendendo. E, na Bíblia (João 20: 27), para Tomé crer, Jesus disse-lhe: ponha sua mão aqui em minha chaga e veja que sou eu mesmo e não um outro espírito. E Jesus disse para Tomé: bem-aventurados os que creem sem ver. De fato, como bem-aventurado quer dizer feliz, os que creem sem precisar de ver são pessoas simples e, por serem assim, elas são mesmo mais felizes. Mas Jesus não condenou Tomé e mais ninguém por precisarem ver para crer.

Dogma no Concílio de Constantinopla

Quando a teologia do Espírito Santo virou dogma, no Concílio Ecumênico de Constantinopla em 381, uma parte dos teólogos acreditava nele com dúvidas de que ele fosse Deus, enquanto outra parte não cria nisso. Surgiu então uma grande confusão teológica sobre o Espírito Santo. E como a Bíblia tem passagens que demonstram manifestações de espíritos, a Igreja passou a ensinar que o papa e os bispos, em concílios ecumênicos, recebiam do Espírito Santo Trinitário inspirações de Deus (mas ele era Deus ou não?), enquanto os leigos recebiam demônios (“daimones”) maus.

Ora, se eles admitiam a manifestação de demônios (almas) maus, por que não admitiam que, para o papa e os bispos, em concílios, manifestavam-se, também, demônios, mas bons, santos, conforme a pneumatologia que, antes do Espírito Santo, já era a prática do contato com os espíritos?

Espírito Santo

E divulgaram tanto o Espírito Santo, que ele ficou até mais conhecido do que o Espírito Santo de Deus Pai incriado e único da Primeira Pessoa. E hoje, há uma corrente teológica que afirma que o Espírito Santo é o amor mútuo entre o Pai e o Filho Jesus. Seria ele, então, uma figura de linguagem? Ele é o conjunto de todos os espíritos, como ensinava a pneumatologia antes do Espírito Santo ser criado.

A ideia de que para o papa e os bispos em concílios ecumênicos manifestava-se o Espírito Santo (Deus ou não?) existe até hoje com dúvidas. E sobre ela dizemos que a entendemos como sendo fruto escandaloso do ego inferior carnal das autoridades eclesiásticas da época, às quais, com o devido respeito, dizemos: Vão ter seu ego inferior aflorado assim na China!

PS: Com este colunista, “Presença Espírita na Bíblia”, na TV Mundo Maior, a tradução da Bíblia (NT) e a 2ª edição com notas inéditas lineares em negritos. Cássia e Cléia contato@editorachicoxavier.com.br