Obras esquecidas

O abandono de obras por terminar e projetos engavetados antes mesmo de iniciados eram apontados como “hábitos” dos administradores municipais. Na época, a maioria dos jornais publicava queixas dos belo-horizontinos sobre promessas não cumpridas pelos prefeitos e obras divulgadas e muitas vezes iniciadas que ficavam no meio do caminho, como a então antiga promessa de uma nova via de ligação entre a capital e Nova Lima. 

 

O projeto previa o prolongamento da avenida Brasil e chegou a ser iniciado. Mas, seguindo a ‘tradição’, “a obra teve o seu princípio e, depois, entrou para o rol das coisas esquecidas e por terminar”, como registrou a imprensa local, em dezembro de 1954. 

 

No papel

O plano da prefeitura, que acabou ficando no papel, incluía a desapropriação de uma faixa de terreno no Instituto Raul Soares para prosseguir a avenida até Nova Lima. Como a obra chegou a ser iniciada, o abandono deixou a avenida Brasil pior do que estava, “com diversos buracos e montes de terra que fiaram no local”. E, sem alternativa, “Nova Lima continuou sendo servida por uma estrada insuficiente para o grande tráfego exigido”.