LEANDRO CABIDO

O favoritismo é azul, mas com ressalvas

O Cruzeiro ser eliminado pelo Boca Juniors na Copa Libertadores deixou no ar algumas indagações sobre as reais possibilidades de conquista na Copa do Brasil

Por Da Redação
Publicado em 09 de outubro de 2018 | 03:00
 
 

O Cruzeiro ser eliminado pelo Boca Juniors na Copa Libertadores deixou no ar algumas indagações sobre as reais possibilidades de conquista na Copa do Brasil. Afinal, a desclassificação, por mais que tenha tido interferência da arbitragem, mostrou que a Raposa precisa entender melhor alguns contextos para se manter ilesa na competição nacional. O projeto azul é o hexacampeonato, e, mesmo com esse revés na última semana, é favorito diante do Corinthians.

Primeiramente, para cravar esse favoritismo, existem alguns fatores técnicos e táticos que favorecem os mineiros. O Cruzeiro por si só é mais time, tem jogadores de decisão – em que pese a ausência de Arrascaeta, além de ser uma equipe bem mais experimentada nesse tipo de jogo.

Outro fator é o tempo de trabalho dos dois treinadores. Enquanto Mano Menezes tem mais de dois anos de trabalho, Jair Ventura é um recém-chegado que nem dez jogos completou. Isso faz toda a diferença. O elenco nem sequer conseguiu entendê-lo até agora.

Voltando para o critério técnico, mesmo com o segundo jogo acontecendo na Arena Corinthians, em Itaquera, a estratégia de jogo de Mano não deverá se alterar: se preocupará em vencer no Mineirão – o que é o grande desafio desse grupo, que ainda não conseguiu triunfar em casa pela Copa do Brasil – e se defender de maneira organizada em São Paulo, abusando do contra-ataque. Óbvio, com a vitória assegurada em Belo Horizonte.

Do outro lado, mesmo com Ventura dando mais qualidade ofensiva ao clube paulista, é muito difícil que essa compreensão avance tão rapidamente, já que o plantel alvinegro é raso. Claro, alguns atletas se destacam, caso de Cássio e Romero, mas está longe daquele Corinthians que assombrou o país no primeiro turno do Campeonato Brasileiro de 2017, com um desempenho impecável, tanto em casa quanto fora dele. Além disso, o trunfo corintiano é o segundo jogo em casa, onde realmente seu desempenho é bem acima da média.

Falando de problemas celestes, é clara a dificuldade que a equipe tem em atacar. Venho batendo nessa tecla há algum tempo, e essa foi a principal dificuldade diante do Boca. Basicamente, o time azul só faz gol em contragolpe ou com bola alçada na grande área. Aliás, chutes de longa distância, como o de Lucas Silva contra os argentinos, é algo é bem raro. O que é contraditório, já que a Raposa dificilmente consegue entrar na área adversária. Veremos se isso será corrigido a tempo.

A missão amanhã será complicadíssima justamente por esse tipo de jogo que os celestes colocam em prática. Há um segurança defensiva muito grande, mas as dúvidas estão todas relacionadas ao setor ofensivo. Por mais que seja superior, as complicações são bem claras quando se trata do Corinthians. Com uma partida segura, dificilmente os cruzeirenses não comemorarão a vitória no Gigante da Pampulha e com o apoio do seu torcedor.

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