Balanço: uma pausa para reflexão

Lembro-me do dia 4 de fevereiro de 2019 como se fosse ontem. Foi quando pisei no plenário da Câmara dos Deputados pela primeira vez, como deputado. Daquele momento em diante, assumia a missão de representar 210 milhões de brasileiros. A emoção, a responsabilidade e a gratidão se misturavam. Dois anos e meio se passaram, e a adrenalina permanece a mesma. Quanto mais me envolvo, mais convicção tenho de que estou no lugar certo e no momento certo. A política realmente encanta e tem poder de construir pontes, realizar sonhos e mudar realidades.

Encerra-se o primeiro semestre de 2021. Meu desejo era noticiar o retorno total à normalidade, mas não foi possível. O Brasil ainda luta pelo fim da pandemia, pela vacinação em massa e pela recuperação da nossa economia. Os desafios são diversos, muito maiores do que podíamos imaginar quando embarcamos na missão de inspirar pessoas e transformar o Brasil.

Neste ano, conheci 27 realidades mineiras. Empresários, organizações do terceiro setor, jovens profissionais, cada um com seus desafios, mas todos com o mesmo sonho de viver em um novo Brasil. Um lugar onde o esforço, a diligência, o empenho e o trabalho são recompensados. Meu papel é traduzir expectativas e indignações em solução. Neste semestre, diversos projetos de lei, de minha autoria, nasceram assim: das conversas com as pessoas que querem construir um Brasil novo. É assim que conseguimos honrar o título que a Câmara dos Deputados carrega – a Casa do Povo.

E por falar em Casa, temos votado também temas de importância substancial para o Brasil. A Lei 14.154/2021 ampliou as doenças detectadas pelo teste do pezinho; o PL 5.595/2020 tornou a educação atividade essencial; o Projeto de Lei 948/2021 permitiu a aquisição de vacinas pelo setor privado; a Lei 14.161/2021 tornou o Pronampe definitivo; e, por fim, a Lei 14.121/2021 garantiu a entrada do Brasil no Covax Facility. Estas são algumas das diversas medidas fundamentais para se conter o avanço da Covid-19 e seus impactos nefastos.

Infelizmente, enquanto alguns remam em busca de soluções, outros fazem da tragédia um trampolim eleitoral. Isso é o que a CPI da Covid-19 do Senado se tornou. Um espetáculo midiático. Nada mais. Milito pela investigação de qualquer desatino, desde que ocorra com responsabilidade e ética. Que as disputas eleitorais sejam guardadas para período de campanha. O foco é o Brasil!

Deixo como legado, neste semestre, a aprovação de dois relatórios que considero símbolo da esperança dessa juventude; um Brasil com mais oportunidades de trabalho e aprendizado. Meus pareceres proferidos sobre os PLs 4.579/2009 e 2.548/2015, aprovados na Comissão de Trabalho, ampliam o prazo contratual do estágio e permitem a manutenção do vínculo por até seis meses após a conclusão do curso. Essa medida beneficiará diretamente 900 mil jovens brasileiros. Inegavelmente, é um marco para educação no país.

A avaliação que faço deste semestre é que, mesmo em meio a tantos desafios, nós crescemos muito. O Produto Interno Bruto (PIB) subiu 1,2%, se comparado com o do trimestre anterior. Tenho muito orgulho da força e do vigor do brasileiro. Ele não se abate e não desiste dos seus sonhos. O resultado do PIB dos últimos três meses espelha a esperança que nos move incansavelmente.

Não posso deixar de mencionar que quase 1 milhão de postos de trabalho foram abertos nos últimos quatro meses do ano. Para alguns, um número tímido se comparado à quantidade de pessoas sem emprego. Para mim, a sinalização de que estamos no caminho certo. Há uma longa caminhada para atravessarmos, mas estamos na direção certa. E isso diz muito.

Para a segunda etapa deste ano, espero que avancemos significativamente nas reformas estruturantes. Não há razões para esperar. Cada dia sem avanço é uma oportunidade a menos para transformar realidades. Não há tempo para lutar pelos holofotes, como se tem visto constantemente em Brasília. Continuarei firme, focado no que é melhor para o Brasil e para as futuras gerações.