Marcos Guiotti

Caso sem fim

Publicado em: Sex, 17/03/17 - 03h00

A estratégia da defesa do goleiro Bruno funcionou quase que de forma perfeita. Digo quase porque não foi um time grande que se interessou por ele. No mais, o advogado Lúcio Adolfo teve uma atuação exemplar. Ele foi em cima da lentidão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais e na indignação do ministro do STF Marco Aurélio Mello.

A imprensa caiu direitinho no conto do vigário. Bruno ganhou as manchetes, teve todos os seus passos acompanhados de perto e está empregado. Era tudo que o advogado queria. Agora, ele tem novos argumentos para tentar manter o goleiro fora da prisão. É lógico que Bruno não vai jogar. A apelação interposta será analisada pelos nobres desembargados do TJMG e o goleiro terá que voltar a jogar no time dos detentos. Pelo menos o advogado está fazendo a parte dele, já que a própria lei fala em ampla defesa.

Quanto ao Boa Esporte, assinou o seu atestado de óbito. Um time que se sustenta nos caprichos de seu dono não poderia ter outro fim.

A contratação de Bruno lhe rendeu o título de time mais antipático do Brasil. Falar em ressocialização do condenado nesse caso é fechar os olhos para a realidade de nossos presos e chamar todos nós de insensatos, que o dicionário define como escassez de inteligência.

Casa menor. Tenho observado alguns jogos do Cruzeiro no Mineirão com público reduzido e fico me perguntando por que a Minas Arena não abre apenas a parte de baixo nesses jogos com previsão de poucos torcedores? Internacional e Botafogo já vêm usando essa estratégia no Beira Rio e no Nilton Santos. Diminui o prejuízo e concentra a torcida, o que imagino ser melhor para o time.

Caminho certo. O Cruzeiro segue bem a sua caminhada rumo ao penta da Copa do Brasil. Neste ano, a competição está mudada. O time de Mano Menezes já passou por três adversários. Volta Redonda, São Francisco e Murici. Quatro jogos com 13 gols marcados e um sofrido. O adversário da quarta fase será definido por sorteio. Um início de competição “filezinho ao molho madeira”.

Luz amarela. Após uma estreia apenas razoável na Libertadores, o Atlético aproveita o tempo para ajustar o time. Ainda está faltando alguma coisa. Na minha opinião, falta um chefe dentro de campo. Não um líder, um chefe mesmo. Se é que me entendem. Tem muita gente rendendo bem abaixo do esperado. Abre o olho Roger.

Complicado. O América tem uma facilidade incrível para se complicar. Faltando quatro rodadas para o fim da fase de classificação do Campeonato Mineiro, o Coelho briga com mais quatro times por duas vagas. A sorte é que vai enfrentar três adversários que estão na parte de baixo e que brigam para não cair. Hum, será sorte mesmo? Bom, mas é melhor que enfrentar quem está jogando bem. 

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