MARCOS GUIOTTI

Os direitos econômicos

Redação O Tempo

Por Da Redação
Publicado em 23 de janeiro de 2015 | 04:00
 
 

Quando a Fifa anunciou que pretendia proibir a participação de investidores nos direitos econômicos de jogadores, muita gente ficou sem entender o que pretendia a entidade máxima do futebol mundial. Talvez agora, com a venda do jogador Lucas Silva, do Cruzeiro, para o Real Madrid da Espanha, a situação fique um pouco mais clara.

Sabemos que transparência nunca foi o forte dos nossos dirigentes e que o futebol brasileiro, mais do que os outros, é uma caixinha escura de surpresas. Os direitos de Lucas Silva, um garoto de 21 anos, está fatiado em seis. O Cruzeiro tem apenas 30% do valor de venda do atleta.

Árabes e chineses já percebem como driblar a participação desses investidores, que tanto dificultam as negociações. Eles oferecem um salário irrecusável para o jogador e um valor baixo para o clube. Como ninguém quer um atleta insatisfeito no grupo, não é tão difícil a concretização.

É fazer a oferta e esperar a chapa esquentar na relação clube/jogador. Os clubes precisam acabar com essa dependência de terceiros. O futebol virou um grande negócio, e o clube tem que se transformar em uma grande empresa para gerir o negócio com eficiência. Maio é o prazo dado pela Fifa para afastar os investidores no mundo da bola.

Impasse. O time do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, que faz uma excursão pelo Brasil, tem 15 brasileiros no grupo. São jogadores conhecidos e desconhecidos, seduzidos pelos altos salários, cujo futebol desapareceu em muitos deles. É um dilema. Sair do eixo do bom futebol para ficar milionário ou ganhar um bom dinheiro e continuar praticando o bom futebol?

Escolha. A decisão do Atlético de realizar um número maior de partidas no Mineirão durante a temporada já está provocando polêmica entre os torcedores alvinegros. Muitos aprovam o Gigante da Pampulha, mas tem uma grande fatia de torcedores que aposta na força do Horto para continuar vencendo. Com isso, só as vitórias mantêm o Galo no Mineirão.

Cara de pau. É preciso exaltar a decisão do juiz Italo Menezes de Castro, da 4ª vara do Trabalho de Santos-SP. Ele condenou Leandro Damião a pagar multa de 1% sobre o valor da causa para indenizar os prejuízos da parte contrária e em 20% por má-fé. Damião assinou uma declaração de pobreza para ter direito à Justiça gratuita.

Lançamento. Na próxima terça-feira acontece a abertura oficial do Campeonato Mineiro. Será um grande evento em uma boate da região Centro-Sul de BH. Será também o lançamento do Troféu Globo Minas 2015, tradicional premiação que reconhece o talento dos jogadores que fazem a história do futebol mineiro. TV Globo, rádio CBN, O TEMPO e FMF são parceiros nesse evento.