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Carlos Eduardo Costa, consultor financeiro carloseduardo@harpiafinanceiro.com.br

Investindo em ações

Publicado em: Qua, 04/04/12 - 00h00

Aplicar em ações sempre foi considerado um investimento de alto risco. O rendimento do índice Ibovespa (reflete a variação no preço das principais ações negociadas na Bovespa, nos últimos anos, comprova isso. Após cinco anos seguidos de grandes valorizações no período de 2003 a 2007 (com as maiores altas em 2003 - 97,3% - e em 2007 - 43,7%), o ano de 2008 foi de uma queda acentuada de 41,2%. A recuperação veio no ano em 2009, com alta do Ibovespa de 82,7%. Mas em 2010 o Ibovespa quase não valorizou e em 2011 a queda foi grande, em torno de 18%. Nesse pequeno período analisado, em alguns anos, o rendimento foi muito grande, mas, em outros, a perda foi enorme. Por isso, os especialistas recomendam cautela para se investir em ações.


Ao se investir em ações, existem três maneiras de o aplicador aumentar o seu investimento. A primeira e mais lógica é na valorização das ações. O investidor compra ações por um preço e, ao vender essas ações por um preço maior, ganha em sua valorização. A segunda maneira é com a distribuição de dividendos. Quando se compra uma ação, torna-se proprietário de parte da empresa e, com isso, tem-se o direito a receber uma parte dos lucros dela. A parte distribuída aos acionistas chama-se dividendo. Uma parte do lucro fica na empresa, para novos investimentos que possam garantir o crescimento dela. A terceira e última forma de se ganhar com ações é no recebimento de juros sobre capital próprio.


A grande dúvida do investidor é saber o momento de comprar e vender ações. Mais do que confiar no instinto dos aplicadores, várias técnicas de previsão de mercado foram desenvolvidas ao longo dos anos tendo como objetivo tentar prever o comportamento do mercado. Hoje, duas correntes dividem os especialistas. A primeira delas é a análise fundamentalista. O objetivo dela é descobrir, entre as alternativas existentes no mercado, as ações com melhores perspectivas em termos de valorização e de pagamento de dividendos e, após sua seleção, qual o momento oportuno para compra. Essa análise parte dos dados financeiros disponíveis sobre uma empresa para projetar seu desempenho futuro. São utilizados dados que representam a situação da empresa no que diz respeito à projeção de lucros, fluxos de caixa futuros, posição de mercado etc.


Já a análise técnica ou gráfica baseia-se na tese de que os preços das negociações futuras são fortemente dependentes dos preços das negociações anteriores, sendo possível, então, prever tendências de preços valendo-se da observação dos movimentos passados. Ou seja, o principal fator de análise é o comportamento histórico de preços.


Hoje já existe uma série de fontes que podem ajudar o investidor a obter mais informações sobre tendências do mercado. Colunas especializadas em jornais e revistas, sites na internet, programas no rádio e na TV. Na próxima coluna, vamos dar algumas dicas de como iniciar aplicações no mercado de ações!

Mandem dúvidas e sugestões para o e-mail carloseduardo@harpiafinanceiro.com.br

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