“Estou bem endividado. Devo R$ 18 mil em consignado do INSS, R$ 202 mil em três instituições financeiras e R$ 13 mil na caixa de funcionários da empresa onde trabalho. Estou vendendo um apartamento e receberei R$ 252 mil. Desse valor terei de descontar R$ 10 mil da comissão do vendedor e R$ 47 mil do financiamento imobiliário. Receberei agora R$ 92 mil, e o restante, em 45 dias. Do primeiro recebimento terei de retirar o valor do corretor e do financiamento. Irão me sobrar cerca de R$ 34 mil. Diante desse cenário, datas de recebimento, valores a receber e, sabendo que terei que tentar resolver parte de cada débito, gostaria de saber qual sua opinião para que eu encontre uma solução." (José Carlos – Belo Horizonte, MG)
José Carlos, seu endividamento atingiu um valor considerável. Em um quadro de juros altos, a bola de neve formada aumenta a cada mês e pode acabar rapidamente te soterrando. Ainda bem que você dispõe de um patrimônio capaz de solucionar seu problema.
Aliás, na realidade, você tem dois problemas: a dívida e o que a causou. Normalmente, um processo de endividamento tem como origem uma situação de desequilíbrio financeiro. Durante muito tempo, você deve ter gastado mais do que ganhava. É importante que você elimine esse desequilíbrio. Caso contrário, a dívida voltará a crescer e você pode não dispor de mais patrimônio para solucionar o problema lá na frente.
Com a venda do apartamento, você receberá R$ 195 mil líquidos. Esse valor é quase o necessário para quitar seus compromissos com as instituições financeiras. Esses débitos devem ser os primeiros a ser atacados, pois têm as maiores taxas de juros. Recomendo que você faça uma negociação com cada instituição financeira. Procure o gerente e veja a possibilidade de liquidar o débito que você tem no banco.
Não mencione a venda do apartamento. Diga que, conforme a negociação e até mesmo o desconto oferecido para a quitação, você vai buscar uma forma de quitar. Você tem de ganhar algum tempo nessas negociações, pois a maior parte de seu recebimento se dará daqui a 45 dias. Não tenha vergonha de negociar. Se necessário, endureça. Tente fechar com as três instituições financeiras no menor valor possível. Se faltarem recursos, tente parcelar a diferença com uma taxa de juros melhor e com uma parcela que caiba dentro de seu orçamento mensal.
Você só conseguirá quitar os demais débitos (consignado e caixa de funcionários) se conseguir uma boa negociação com os bancos. Caso contrário, as parcelas mensais deverão fazer parte do seu orçamento ante o término do compromisso.
Curso
No dia 7 de julho (quinta-feira) vou promover o curso “Fique livre de suas dívidas”. Será no hotel Cheverny, que fica na rua Timbiras, 1.492, no centro de Belo Horizonte, das 19h às 22h. Nesse curso, você aprenderá a melhorar seus hábitos financeiros, e, com isso, será possível traçar estratégias para se livrar do dragão de suas dívidas. Será fornecido certificado de participação. Mais informações no e-mail cefcosta@hotmail.com.
Planeje bons hábitos para 2016. Invista em sua educação financeira.
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