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Os impulsos do consumo

Redação O Tempo

Por Carlos Eduardo Costa
Publicado em 18 de outubro de 2017 | 03:00
 
 

Hoje vivemos em uma sociedade em que o estímulo ao consumo nos persegue independentemente de onde estivermos. São mensagens formais e informais vindas de veículos de comunicação, dos familiares e dos colegas de trabalho. Muitas vezes, acabamos nos deixando seduzir por essas mensagens que nos prometem deixar mais felizes, mais jovens ou mais inteligentes. Sem uma maior reflexão sobre a necessidade ou não de consumir aquele produto ou serviço.

Um exemplo prático que representa com clareza como nossa forma de consumir é influenciada por aspectos externos e internos nem sempre conscientes é a troca do telefone celular. Os aparelhos de hoje são cada vez mais modernos, cheios de funcionalidades que, muitas vezes, nem usamos. Se for feita uma pesquisa com os usuários de celulares, poucos deles usam efetivamente mais de um terço dos recursos oferecidos pelo seu aparelho. Em outras palavras, o produto supera a própria necessidade do usuário. Porém, se perguntamos para as pessoas se elas gostariam de trocar seu aparelho, a maioria responderia que sim.

Ao analisar um pouco mais esse comportamento do consumidor, comprar um aparelho mais moderno significa, na maioria das vezes, usar ainda menos os recursos por ele oferecido. Se não se usava mais que um terço dos recursos no modelo anterior, com o novo aparelho vai se usar ainda menos. Sendo assim, parece que esse consumo faz sentido? Por que será que temos essa necessidade?

A única lógica existente é que ao consumirmos determinados produtos estamos associando sua aquisição a determinadas sensações como bem-estar, felicidade e plenitude, que extrapolam a real função do que é consumido. E esse processo é tão complexo que muitas vezes não analisamos racionalmente a compra e deixamos de considerar outros aspectos que também impactam nossa vida, como o financeiro. Já parou para pensar quanto tempo você terá que trabalhar para adquirir aquele produto ou serviço? Quantas horas da sua vida deverão ser “gastas” nesse consumo?

Será que vale a pena comprometer o seu orçamento com infindáveis parcelas mensais para substituir um produto que ainda tinha muito para nos oferecer?

Dicas para evitar as armadilhas do consumo:

– Saiba diferenciar o que é necessidade do que é vontade.

– Nunca compre um produto tão logo apareça o desejo. Reflita durante algum tempo.

– Busque alternativas à compra de um produto. Muita coisa hoje pode ser alugada por um período.

– Procure sempre se lembrar de tudo aquilo que você já comprou achando que iria utilizar bastante, mas acabou guardada em um armário qualquer.

– Tenha sempre em foco os seus objetivos. Um gasto desnecessário pode inviabilizar a realização dos seus sonhos.

Texto publicado originalmente no site de Educação Financeira do Banco Mercantil do Brasil

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