Meu Dinheiro

Carlos Eduardo Costa, consultor financeiro carloseduardo@harpiafinanceiro.com.br

Perfil financeiro dos trabalhadores de BH

Publicado em: Qua, 04/04/18 - 03h00

Buscando conhecer cada vez mais o comportamento e os hábitos dos trabalhadores brasileiros – empregados e desempregados – diante dos altos e baixos da economia do país, a Alelo, bandeira especializada em benefícios e gestão de despesas corporativas, em parceria com o Ibope Conecta, realizou a pesquisa Alelo Hábitos Financeiros dos Brasileiros. O estudo, inédito, foi feito em 11 capitais brasileiras e no interior dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro e mapeou o impacto nos orçamentos e as soluções encontradas por milhares de trabalhadores.

A pesquisa ouviu 2.810 pessoas das classes A, B e C, sendo 45% homens e 55% mulheres, entre 18 e 65 anos e residentes de 11 capitais brasileiras, havendo 7% da amostra em Belo Horizonte. Entre os entrevistados de todo o Brasil, 77% estão empregados, 18% são desempregados, e 5%, estudantes.

A pesquisa apontou que 26% dos trabalhadores de Belo Horizonte trocaram de emprego nos últimos 12 meses. A grande maioria (74%) não mudou de emprego durante esse período. Destes, metade (50%) foi promovida ou recebeu algum aumento salarial. Dos 26% que trocaram de emprego, 43% encontraram um cargo melhor (acima da média nacional, de 38%), 30% foram demitidos, 8% abriram seus próprios negócios e 11% mudaram de carreira. Mais da metade (59%) dos trabalhadores que mudaram de emprego também conseguiu um salário maior (acima da média nacional, de 54%), 16% afirmam que o salário se manteve o mesmo (abaixo da média nacional, de 24%) e 24% dos entrevistados tiveram redução salarial ao trocar de emprego.

Como um plano B, 23% dos trabalhadores de Belo Horizonte já mantêm atividade de renda extra, e 10% possuem outra fonte de renda além do salário (aluguel, rendimento, pensão). E mais: 23% dos entrevistados têm uma reserva de dinheiro, 19% afirmam que podem contar com alguém da família, e 27% pensam em trabalhar como freelancer ou autônomo caso percam o emprego. Destes, 54% seguiriam prestando serviços em sua profissão (acima da média nacional, de 44%), 5% passariam a vender marmitas/comida (abaixo da média nacional, de 10%), 23% passariam a vender bolos/doces, 18% seriam motoristas de aplicativos de carona, como Uber, 99POP e Cabify, 23% afirmam que dariam aula particular (acima da média nacional, de 18%), 18% venderiam artesanato e 23% fariam bicos de serviços para casa (acima da média nacional, de 15%). Porém, 33% afirmam não ter nenhum plano B em caso de desemprego.

Cerca de 82% dos brasileiros costumam fazer a gestão do orçamento familiar – a maioria (62%) faz há mais de um ano. Em Belo Horizonte, 47% dos trabalhadores sempre fazem essa gestão, 31% fazem de vez em quando (abaixo da média nacional, de 36%) e 22% não fazem. Dentre os entrevistados da classe A, 25% não ultrapassam o limite que definiram; 59% ultrapassam às vezes (acima da média nacional, de 54%); 7% sempre ultrapassam, e 8 % não definem o limite de gastos. Quanto ao formato que utilizam para fazer os cálculos, 47% dos mineiros usam uma planilha (acima da média nacional, de 40%) e 44% fazem a gestão do orçamento no papel (abaixo da média nacional, de 52%). Apenas 9% dos entrevistados utilizam aplicativos.

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