MEU DINHEIRO

Vale-refeição

Redação O Tempo

Por Carlos Eduardo Costa
Publicado em 21 de março de 2018 | 03:00
 
 

“Eu utilizava o vale-refeição que minha empresa fornece para almoçar. O problema era que, em muitas das vezes, meus colegas de trabalho me convidavam para almoçar em restaurantes melhores, e o vale-refeição acabava antes do meio do mês. E, no restante dos dias, tinha de pagar cada almoço. Minha mãe sempre chamou minha atenção por estar gastando muito com alimentação. De tanto ela falar, resolvi levantar meu gasto com alimentação fora de casa, e fiquei impressionada. Gastava bem mais do que imaginava, e nem sempre com refeições gostosas ou saudáveis. Resolvi mudar essa realidade! Desde o início do ano, passei a trazer meu almoço de casa. Eu ou minha mãe preparamos. São sempre refeições mais saudáveis e do meu gosto. Na empresa, mudei meu vale-refeição para alimentação. E, com ele, faço as compras no supermercado. Além de comprar o que gasto para fazer minhas refeições, tenho conseguido comprar muita coisa para deixar em casa. Com isso, minha mãe está gastando menos no supermercado. Meus colegas estão me criticando bastante. Falam que virei pão-duro, que só penso em economizar. Mas, com o valor que não estou gastando com os almoços, posso pagar minha mensalidade do curso de inglês. Era algo que sempre quis fazer, mas não sobrava dinheiro. O que você acha?” (Vera Lúcia, Belo Horizonte/MG)

Vera, o que acontecia com você, infelizmente, acontece com muitos brasileiros. Um descontrole total sobre os gastos. E qual a consequência disso? A privação de muitos desejos. Você, durante muito tempo, não sabia qual era seu gasto com alimentação, um dos itens mais importantes de nosso orçamento. E não aproveitava bem um benefício concedido pela empresa onde você trabalha – ela oferece para os colaboradores vale-refeição. O valor do vale normalmente leva em consideração o gasto do trabalhador para se alimentar com uma refeição básica. Não considera gastos em refeições mais requintadas. E esse era um hábito seu e dos colegas: refeições mais requintadas que ficavam além do vale oferecido pela empresa. Conclusão: uma parte do salário precisava ser destinado à complementação do valor gasto com refeições. E, com isso, todos os meses, o valor disponível para outras despesas era menor. Isso leva à impossibilidade de assumir novos compromissos.

Mas você, provocada por sua mãe (no bom sentido), procurou assumir o controle de seus gastos. E se assustou com o que viu. Gastava mais com alimentação do que sequer imaginava. Para isso não se repetir mês após mês, tratou de mudar hábitos. Refeições vindas de casa em vez de almoço em restaurante. Além do ganho de satisfação e de saúde (afinal, é um cardápio totalmente a seu gosto e com comidas mais saudáveis), você teve um ganho considerável em sua vida financeira. Passou a gastar menos com refeições, e a economia gerada foi importante para realizar o desejo de aprender inglês. E tenho certeza de que o domínio de um idioma poderá lhe abrir oportunidades profissionais, sendo que elas podem, inclusive, lhe garantir uma remuneração melhor, o que acabará facilitando a realização de vários outros objetivos que você possa ter.

Planeje bons hábitos para 2018. Invista em sua educação financeira.

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