MEU DINHEIRO

Valores da família

Redação O Tempo

Por Da Redação
Publicado em 19 de abril de 2017 | 03:00
 
 

“Já faz oito anos que eu me casei. Eu e minha esposa, nesse período, estamos conseguindo progredir em nossas carreiras. Nossa vida financeira é bem equilibrada. Mas nossas famílias não têm apoiado nossas decisões financeiras. A primeira delas é que casamos e fomos morar de aluguel. Nossos pais acreditavam que poderíamos ter financiado um imóvel. Nossa renda permitia ter acesso a um bom financiamento. Até hoje moramos de aluguel. Temos uma reserva que a princípio seria utilizada para dar uma boa entrada em um imóvel. Com o FGTS que temos, o valor a ser financiado seria bem pequeno. Mas estamos pensando em mudar de planos para esse dinheiro. A ideia agora é utilizar essa economia para fazermos uma grande viagem. Nesses anos, temos feito algumas boas viagens. Mas, agora, estamos com vontade de fazer A VIAGEM. Viajar é uma paixão que nós dois descobrimos juntos. Nossas famílias nunca tiveram o costume de viajar. E acreditamos ser possível refazer nossas economias quando retornarmos. Afinal, somos só nós dois e, como já falei, temos controle financeiro. Já decidimos também que não queremos ter filhos. É outro ponto de conflito com nossas famílias. Você acha que somos loucos como acusam nossos pais?” (Oliveira – Conselheiro Lafaiete/MG)

Oliveira, primeiramente é importante compreender que nossas crenças e nossos valores são os pontos mais importantes na definição de nossa vida financeira. E crenças e valores não são os mesmos para todas as pessoas, ainda que elas sejam da mesma família. Seus pais e os de sua esposa têm uma visão de vida diferente da de vocês. E não há como dizer que eles estão errados e vocês estão certos. A visão deles foi formada no contexto em que eles viviam. Contexto esse que pode ter sido bem diferente do que você e sua esposa vivem.

Na época deles, a oferta imobiliária era bem menor. Era muito mais difícil encontrar um bom imóvel para ser alugado. E, pela falta de opções de investimento, os imóveis acabavam se transformando no primeiro grande investimento de uma família. A segurança que a posse de um imóvel trazia era muito grande. A realidade é bem distinta nos dias atuais. Vivemos uma era que já fala em economia compartilhada. O uso de um bem já não é exclusividade daqueles que o possuem.

A falta de hábito de viajar também pode ser consequência de uma realidade bem diferente. Viajar era muito caro. Para o exterior então era possível somente para as pessoas muito ricas. Hoje, com a expansão e a popularização dos voos internacionais, as viagens já se encaixam em orçamentos bem mais modestos. Eu e minha esposa também temos como valor maior as viagens que fazemos.

Em resumo, não há nada de errado em ter crenças e valores distintos dos de sua família. E é importante que sua vida financeira seja norteada pelos valores de vocês dois. Até porque viver de acordo com crenças e valores diferentes dos nossos pode nos levar a uma grande frustração.

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