Negócios

A divisão social 

Redação O Tempo

Por Paulo Bressane
Publicado em 20 de junho de 2015 | 03:00
 
 
Marco Antônio Percope de Andrade - Presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Divulgação/Via Comunicação

É cansativa a insistência de alguns “pensadores”, sejam eles intelectuais, colunistas ou simples missivas de blogs de esquerda, em continuar batendo na tecla da divisão social. Para eles, parece que tudo se resume à distância social entre as burguesas coxinhas e o proletário pastelzinho da esquina. Difícil para eles entender que todos são farinha do mesmo saco. Já está se tornando enfadonha esta cantilena de que a elite tem valores deturpados, e que a mídia é golpista e submissa às forças dominantes. O ódio de classes nesta “cabrália desconjuntada” é fomentado de forma preconceituosa na cabeça dos que idolatram Marx, que usou do expediente para doutrinar a mente dos menos preparados. Pelo que sei, as maiores realizações da humanidade na era contemporânea são provenientes da cooperação e não do antagonismo social.

Ao longo dos anos, a história tem achatado a tal pirâmide social de Karl Marx. Ao contrário do que ele esperava, o sistema capitalista, mesmo com todos os seus erros e exageros, não alimentou a opressão e a exploração, mas sim, produziu inventos e confortos que se massificaram até as classes menos abastadas. A luta das classes menos favorecidas se torna necessária quando objetiva a conquista por melhores especializações e uma educação pública de qualidade, mas se mostra vazia de ideias ao desmerecer o sucesso de quem alcançou o ápice social pela meritocracia proveniente de seu esforço, sua dedicação e estudos. Falar que os ricos e a classe média da “elite branca” estão revoltados porque milhões de brasileiros teriam cruzado a linha de pobreza e estão disputando lugar em aeroportos é um pensamento tão profundo quanto um pires de café.
 
Ninguém está gritando porque a pobreza diminuiu – mesmo que de forma eleitoreira e sem a sustentabilidade econômica necessária, o que está pondo tudo a perder –, muito menos porque muitos conseguiram comprar geladeiras, TVs e carros novinhos. Os panelaços recheados de “coxinhas” gritam, sim, é contra essa onda corruptora que assola o país e a perda gradual dos valores sociais. Aqueles que insistem em não enxergar esta realidade, e pior, que usam de seus canais de mídia para negar a obviedade da crise construída pela incompetência gerencial de um partido, menosprezando a consciência coletiva da grande maioria dos brasileiros, estão apenas sendo coniventes com os predadores instalados no poder. Os que se veem como defensores dos oprimidos precisam medir suas palavras e fundamentá-las sem ideologismos baratos, com a plena consciência de que com isso estão apenas destilando um ódio infundado.
 
ENTRE A GENTE
O ano promete ser movimentado nas eleições da nova diretoria da Ordem dos Advogados do Brasil de Minas Gerais, que acontecem no fim deste ano. O grupo liderado pelos advogados Luiz Fernando Valadão e Charles Vieira já se articula nos bastidores, impulsionados pelo sentimento de mudança que circula nos fóruns. A oposição está adiantada na estruturação da campanha, que contará com apoio das principais lideranças da advocacia mineira na capital e no interior.
 
Marco Antônio Percope, Presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, diante das denúncias de que médicos estariam recebendo porcentagens na realização de cirurgias, procurou a senadora Ana Amélia Lemos no Senado para dar suporte na elaboração do projeto de lei que normatiza o comércio de órteses e próteses no Brasil.