De hoje, segunda, dia 19 de abril, até o próximo sábado (24), a natação brasileira definirá os atletas que representarão nosso país nos Jogos Olímpicos de Tóquio. A natação é um dos principais esportes da Olimpíada, responsável por marcar a primeira metade da competição. Os nadadores brasileiros buscam se redimir após a participação na Rio-2016, Nas piscinas, o time Brasil finalizou a competição sem pódios, Mas em águas abertas, Poliana Okimoto faturou o bronze na maratona 10km feminina, a primeira medalha brasileira na categoria.
Nesta segunda-feira (19), logo no primeiro dia de disputas no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro, dois brasileiros conseguiram o índice olímpico e asseguraram presença em Tóquio. Nos 400 m livre, Guilherme Costa cravou a marca de 3m45s85, nadando abaixo do índice olímpico e ainda estabelecendo o novo recorde sul-americano. Guilherme é um dos 26 atletas do Minas Tênis Clube que estão na seletiva. Aos 22 anos, o 'Cachorrão' confirmou as expectativas, se estabelecendo como um dos principais nadadores do país em provas longas. Ele ainda tenta o índice para os 800 m e também os 1.500 m.
Nos 100 m foi a vez de Felipe Lima. Ele foi o único atleta que nadou abaixo do índice olímpico, cravando ainda 59s43 na final. A seletiva no Maria Lenk é muito importante para a natação brasileira, não só pela classificação olímpica, mas também para a preparação dos nadadores, que não disputam uma competição importante desde o Campeonato Mundial e os Jogos Pan-Americanos de 2019.
Uma situação importante cerca esta seletiva. O desempenho de Bruno Fratus, A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos não impôs ao atleta a necessidade de vir ao país para a disputa da seletiva em terras cariocas. Bruno vive nos Estados Unidos e por lá mesmo disputou uma prova que valeria como seletiva. Nesta disputa, ele nadou os 50 m livre abaixo do índice, estabelecendo o tempo de 21s80. Porém existe ainda a possibilidade do atleta, duas vezes vice-campeão mundial dos 50 m livre em 2017 e 2019, ficar fora dos Jogos de Tóquio caso dois nadadores façam um tempo abaixo de 21s80.
Onde acompanhar e a forma de classificação
As disputas na seletiva se dividem em dois horários de competições. O primeiro às 9h30 com as eliminatórias e depois as finais às 18h30. As competições estão sendo transmitidas na TV CBDA e também no canal por assinatura BandSports. O método da disputa aponta o seguinte: os dois primeiros colocados de cada prova se garantem em Tóquio, mas para tanto é necessário que eles estabeleçam o índice olímpico determinado pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos.
Para ficar de olho
Dentre as principais situações que estarão em jogo no Rio nos próximos dias, a atenção se volta para as equipes dos revezamentos. Na Rio 2016, por exemplo, o 4x100 m livre masculino foi finalista e vem de uma prata no Mundial de 2017. O minastenista Fernando Scheffer, de 23 anos, é um dos cotados para uma das duas vagas finais da equipe. Assim como o 4x100 m livre, o 4x100 m medley e 4x200 m livre masculino também estão assegurados em Tóquio, mas o revezamento feminino nesta categorias corre atrás da participação nos Jogos.
Dentre as nadadoras que merecem destaque nos próximos dias estão Etiene Medeiros, nos 50 m livre, Larissa Oliveira nas provas de 100 e 200 m, além de Daynara de Paula, nos 100 m borboleta. A minastenista Aline Rodrigues, de 26 anos, é uma das candidatas para buscar o índice nos 100m, 200m, 400m e 800m livres. Estar em Tóquio representaria a primeira participação da atleta em uma Olimpíada.
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