Raimundo Couto

Jornalista especializado no setor automotivo, escreve às quartas-feiras no caderno Veículos

50º Carro do Ano II

Publicado em: Qua, 26/10/16 - 02h00

Semana passada iniciamos uma série de três colunas dedicadas à 50ª edição do prêmio do Carro do Ano, promoção da Editora Globo, por meio de sua tradicional revista “Autoesporte”. Na oportunidade publicamos que o título contempla três categorias distintas, a saber: Carro do Ano, Carro Premium do Ano e Picape do Ano. Sem falar que também é premiado o motor cujo projeto tenha passado por expressiva evolução, com uso de novos materiais e tecnologias visando melhora do desempenho, do consumo e das emissões.

Porém, deixamos de mencionar um forte candidato ao título, o Honda Civic, que terá como oponentes nessa briga os já citados Chevrolet Cruze, Jeep Compass, Nissan Kicks e Fiat Mobi. Uma referência em sua categoria desde seu lançamento no Brasil, há quase 20 anos, o Civic vem se pautando, desde então, pela evolução, seja em tecnologia, segurança ou design. Sempre com muita discrição, característica inerente ao perfil dos orientais, a cada geração do Civic lançada, os concorrentes ficam em alerta, sem falar de sua conterrânea e arquirrival Toyota, que, então, fica ainda mais antenada.

E notória a disputa das marcas pela liderança dos sedãs médios. Até o Civic ganhar a nova geração, a disputa pelo primeiro lugar estava nas mãos dos japoneses da Toyota. Em poucos meses o sedã da Honda já diz a que veio e hoje é um sucesso de vendas. Portanto, predicados não faltam para que possa concorrer com muitas chances de sair vencedor. A disputa esta aberta para todos os cinco finalistas.

Na categoria que elege o Carro Premium do Ano, aqueles que o valor ultrapassa os R$ 100 mil, os concorrentes são Audi A4, BMW Série 7, Jaguar XF, Toyota Prius e Volkswagen Passat. O concorrente da Audi demorou a ter a nova geração importada para o Brasil. O concorrente da Audi, o A4, foi apresentado na Europa no ano passado e, por aqui, chegou em maio. Em sua nova geração, traz muita tecnologia embarcada, além de um visual repaginado que destaca mais esportividade.


Já a Série 7 da BMW chama atenção pela tecnologia. Desde sua chave, que reúne controles para quase todas as funções, até os massageadores para costas no banco traseiro, é pura sofisticação e luxo. O inglês XF é outro concorrente de alto nível, assim como o Passat, que mesmo pouco comentado é um alemão de construção e reputação reconhecidas. O japonês híbrido Prius em nova carroceria, também é uma boa novidade, ainda que pese a tendência, mostrando que está na eletricidade pura a escolha e os investimentos para a próxima matriz energética.

Os jurados terão que atribuir notas de 0 a 10 a todos os finalistas nos seguintes quesitos: motor/transmissão: adequação do conjunto ao carro e seu nível de tecnologia; desempenho/consumo: velocidade, aceleração, retomada e consumo de combustível; comportamento dinâmico: direção, freios, estabilidade em retas e curvas; inovação tecnológica: nível de soluções usadas nas várias versões do modelo; segurança: qualidade de construção, itens de segurança passiva e ativa, visibilidade, iluminação e comportamento em colisões; estilo: desenho exterior e interior, harmonia entre as várias partes do veículo; acabamento: padrão dos materiais e cuidados na montagem final; adequação ao mercado: lançamento oportuno, inovação no segmento, atendimento das expectativas dos consumidores, entre outros.

Para terminar, duas curiosidades. O primeiro Carro do Ano foi uma picape, a Willy, derivada da Rural. A Chevrolet ganhou o prêmio mais vezes nestes 50 anos, um total de 14.

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