RAIMUNDO COUTO

Em busca da energia

Redação O Tempo

Por Da Redação
Publicado em 22 de novembro de 2017 | 03:00
 
 

São de saltar aos olhos as modificações que o automóvel de passeio sofreu em sua aparência neste pouco mais de um século de sua existência. Mas, certamente, muito maiores e importantes foram as modificações técnicas por que ele passou nesse período. Dos carros a magneto acionado por manivelas ao que hoje o usuário tem à disposição – um verdadeiro mar de tecnologia – há uma enorme distância de conforto e eficiência. Há uma série de exemplos, mas vamos focar apenas uma das mais recentes modificações, embora já deixou de ser novidade há muito tempo. Nos referimos a um item que costumeiramente não lhe se atribui a atenção que merece, embora seja essencial ao funcionamento de todo e qualquer veículo. Falamos da quase sempre esquecida bateria.

Não faz muito tempo, até com certo exagero, podia dizer-se que um simples olhar era o suficiente para que ela descarregasse. Esquecer os faróis acessos ou o rádio ligado era fatal. Só uma recarga na bateria para fazer o motor voltar a funcionar. Hoje os sistemas eletrônicos poupam a energia e cada vez mais as reservas são menos exigidas. A principal diferença em relação à bateria de uns anos para cá foi a quase total dispensa de manutenção, como aquela sempre irritante verificação do nível de água. Hoje, selada, a bateria tem média de tempo útil de vida de até cinco anos.

O que não foi, ainda, possível modificar é o tamanho e o consequente espaço por ela ocupado. Este um dos motivos para que os automóveis elétricos, que nada poluem, possam ser desenvolvidos em sua plenitude de utilização. Os híbridos em oferta no mercado são caros geram pouca potência e tem restrições que prejudicam sua produção em escala comercial. O tamanho ocupado pela bateria é uma delas.

A história do carro elétrico tem testemunhado uma série de avanços tecnológicos e no setor que levaram à substituição das baterias com tanques que continham outras substâncias para produzir energia que pudesse cobrir, de forma autônoma, distâncias cada vez maiores. Em termos de eficiência energética, os veículos elétricos garantem um percentual mais elevado em relação aos motores comuns de combustão interna. A grande vantagem dos carros elétricos é que gera zero em emissões. Aliás, esse tipo de veículo não produz emissões nocivas como os carros tradicionais.

Contudo, mesmo sendo elétricos, não podemos dizer que esses veículos têm zero impacto ambiental. O impacto ecológico desses veículos depende das baterias. Seu descarte pode causar danos ao meio-ambiente. Felizmente, as baterias podem ser recicladas. Baterias usadas podem ser recuperadas quase que completamente, e a capacidade de carga que pode ser conseguida nesse caso pode chegar aos 80% do seu valor inicial.

A grande vantagem desse tipo de veículo é seu baixo nível de ruído e o fato de que não produz nenhum gás nocivo, algo normalmente emitido pelos motores a combustão. O ponto fraco é que esse tipo de veículo possui autonomia bastante limitada entre uma carga e outra da bateria. Com o avanço da tecnologia e das pesquisas feitas nesse setor, novos tipos de baterias recarregáveis têm permitido um aumento na duração da autonomia energética e da vida-útil da própria bateria, sem falar do tempo de carga, que tem diminuído. Todos os caminhos apontam, mesmo, para um futuro elétrico para nossos carros.