Raquel Faria

Arrastão tucano
Publicado em: Tue Sep 20 03:00:00 GMT-03:00 2016

Arrastão tucano

O PSDB deflagrou um plano para tentar eleger seu candidato à PBH no 1º turno. Neste fim de semana, a campanha foi intensificada com bandeiraços nas ruas enquanto a cúpula tucana alinhava os discursos de candidatos aliados para ataques coordenados ao rival do PHS, vice-líder nas pesquisas. Além disso, articulações em curso buscam gerar fato novo para dar impulso à candidatura tucana na reta final.

Contas e cálculos

Avalia-se no PSDB que o candidato do partido tem chances de ganhar de primeira se chegar a 38% nas pesquisas – até aqui seu maior índice foi de 33%, no Ibope. E se cair concomitantemente a votação dos demais candidatos, que somaram 46% no mesmo instituto, sendo 22% do PHS.

Renunciantes

O último Ibope apontou 24% para o bloco de não-favoritos, ou seja, para os nove candidatos que patinam embaixo na pesquisa. Para reduzir essa conta e viabilizar a vitória no dia 2, a cúpula do PSDB faz gestões para que dois nomes renunciem em favor do tucano. Os renunciáveis têm dificuldades para tocar a campanha: um está invisível e outro sem fôlego. As conversas prosseguem. É o fato novo reservado para o final.

Ponto fraco

Crucial para o êxito do plano tucano é a ofensiva contra o nome do PHS, que precisa cair para diminuir a soma geral e viabilizar a vitória do PSDB. Nos últimos dias, candidatos do campo político liderado pelo senador Aécio passaram a bater pesado no vice-líder. Esse movimento sincronizado dos aecistas explora uma fragilidade do candidato do PHS, que é a falta de tempo de TV: sem espaço, fica mais difícil se defender.

Massa de bolo

A ofensiva anti-PHS, porém, traz riscos ao PSDB. Os ataques ampliam a visibilidade do atacado, que assim vai mantendo protagonismo na eleição, mesmo sem TV. Além disso, as críticas adversárias podem reforçar o discurso antipolítico do candidato do PHS, angariando-lhe votos em vez tirá-los. É o chamado efeito ‘massa de bolo’: quanto mais se bate, mais cresce.

Marina Ruy Barbosa, que marcou presença em evento social na capital mineira.

Mundo do café

Começa nesta quarta-feira (21) em BH a nova edição da Semana Internacional do Café, maior evento da cafeicultura no Brasil. Até sexta-feira estarão reunidos no Expominas todos os segmentos dessa cadeia econômica tão importante para Minas: produtores, exportadores, fornecedores, baristas, cafeterias etc.. O mundo do café é diversificado e sofisticado, além de cheio de aromas.

Câmbio é tudo

A cafeicultura vai bem porque os preços estão bons. Na sexta-feira, a saca de 60 Kg chegou a R$ 530 em Varginha e a R$ 578 em Guaxupé. Há três anos, mal atingia os R$ 300. A cotação externa não mudou: continua em cerca de US$ 150. Mas o câmbio melhorou com a queda do real.

Tem réplica

Cacá Moreno nega ter deixado a campanha governista. Ele diz em email que a informação é “absolutamente inverídica”. O marqueteiro afirma ter respeito e admiração por Marcio Lacerda e pelo candidato e o costume de cumprir “sempre” os compromissos assumidos em contrato.

E tréplica

Segundo fontes da coluna, o contrato da agência de Moreno continua sendo cumprido, porém sem o marqueteiro à frente dos trabalhos. Quem estaria dirigindo agora o marketing governista é o secretário de Comunicação da PBH, Régis Souto, ora afastado do cargo para se dedicar à campanha.