Sem Lula no páreo, Bolsonaro se consolida na liderança em Minas segundo a última pesquisa que chegou à coluna. O deputado abriu frente de mais de sete pontos sobre todos os concorrentes. Isso no levantamento quantitativo. Nas citações espontâneas, ele dispara e já beira os 20%, um índice altíssimo que aponta o seguinte: um quinto dos eleitores já são bolsonaristas convictos. No retrato de hoje, a seis meses da eleição, Bolsonaro tem o pé no 2º turno; deve ser um dos eleitos em 7 de outubro. A dúvida é quem disputaria com ele; os concorrentes que vem abaixo aparecem embolados.

Muitos analistas acreditam que as intenções de voto em Bolsonaro têm um teto. Isso pelas dificuldades do candidato em expandir o perfil da sua base de apoio, ainda bem concentrada em eleitores homens, brancos e ricos. Na pesquisa mineira, ele tem o dobro de preferências no eleitorado masculino em relação ao feminino. Sua campanha não tem igual aceitação em todos os públicos. Mas, o seu crescimento tem sido contínuo, embora lento.

Um dos fatores do sucesso de Bolsonaro é possuir uma bandeira genérica e abrangente, simbolizada por seu gesto imitando uma arma em posição de tiro, com o dedão para cima e o indicador em riste. O candidato sugere a extinção e morte de tudo o que incomoda o eleitor. Ele se apresenta como um exterminador: de corruptos e bandidos para alguns ou de privilégios e desvios para outros. Cada eleitor imagina o alvo que quer exterminar.

A ideia de purificação através da seleção/extinção dos maus ou mais fracos, chamada eugenia social, já conquistou muitos adeptos ao longo da historia, inclusive na Alemanha e EUA. Está na essência de vários movimentos de extrema-direita atuais. O bolsonarismo segue essa corrente ao defender que ‘bandido bom é bandido morto’, tese tipicamente eugenista com grande aceitação hoje no Brasil. O problema dessa tese é o conceito de bandido, que pode mudar conforme a pessoa. O bandido para A pode ser diferente do bandido para B. Por isso o eugenismo, embora sedutor na promessa de corte radical dos males, tem sido criticado no mundo inteiro por acirrar os conflitos e a violência. Se cada um resolver eliminar o ‘seu’ bandido.... 

Políticos próximos a Anastasia estão na maior expectativa em relação a um encontro a ocorrer em breve entre o senador tucano e o seu concorrente do PSB, Marcio Lacerda. O senador quer convencer o ex-prefeito a desistir da candidatura ao governo para integrar uma chapa única da oposição como postulante a senador. A reunião pode ocorrer na próxima semana.

Os tucanos pretendem atacar Lacerda aproveitando um suposto momento de fragilidade do ex-prefeito, que enfrentaria dificuldades para montar as chapas de deputados com os dois únicos partidos que o apoiam até agora, PSB e PDT. Chapas competitivas são tudo o que os deputados mais querem. Daí o pouco entusiasmo deles com Lacerda. De fato, só um dá mostras de já ter agarrado a campanha: o deputado Roberto Andrade.

Caminhar é preciso. Presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de Minas, Sérgio Murilo Braga, participa com Fabiana Faquim e Ronaldo 
Armond da 2ª edição do projeto CAAminhar de incentivo ao hábito da caminhada.

A tese de que o brasileiro hoje conhece melhor a formação do STF do que a seleção de futebol foi comprovada esta semana por pesquisa pessoal. Um jornalista foi a bar de classe média que exibe jogos e indagou a 15 pessoas se sabiam os nomes dos 11 membros do tribunal e da seleção. O resultado é impressionante: quem mais acertou jogadores conseguiu se lembrar de seis nomes, mas todos souberam citar cada um dos ministros do Supremo.

Em maio, ao entregar a presidência da Fiemg, Olavo Machado deixará também a direção do conselho deliberativo do Sebrae, cargo no momento preenchido pela entidade industrial. O mandato que se estende até o final do ano será completado pelo construtor Teodomiro Dinis Camargo, aliado de primeira hora do novo presidente eleito ontem na Fiemg, Flávio Roscoe. No próximo quadriênio, o Sebrae deverá passar à direção da Faemg.