Raquel Faria

Discrepância
Publicado em: Sun Aug 28 03:00:00 GMT-03:00 2016

Discrepância

O Datafolha divergiu totalmente do Ibope ao avaliar Lacerda. O instituto paulista apurou 36% de ótimo/bom e 23% de ruim/péssimo, o que dá saldo positivo de 13%. Já o carioca apurou 31% ótimo/bom e 23% ruim/péssimo, com saldo negativo de 8%. São resultados bem diferentes: no primeiro caso, o prefeito é mais popular que impopular; no segundo, ocorre o inverso.

Foguetório

Um dado do Datafolha animou sobremaneira o grupo lacerdista: 80% dos que elogiam o governo Lacerda estão propensos a votar em seu candidato. São 30% de eleitores receptivos à campanha de Délio, segundo a pesquisa com 811 pessoas, realizada entre 23 e 24 de agosto e registrada no TRE (nº MG-02144/2016).

Boca do forno

O primeiro grande teste de comprometimento do Senado com a economia do país será no dia 8 de outubro, quando se votará o projeto elevando de R$ 33,7 mil para R$ 39,3 mil o subsídio básico dos ministros do STF, referência para salários de juízes, de várias categorias e dos próprios parlamentares.

Vai que vai

Flávio Roscoe, representante da indústria do vestuário, está tocando a todo vapor a campanha para presidente da Fiemg. Segundo aliados, ele já teria garantido sua eleição com a promessa de apoio de 80 sindicatos e de líderes de peso como Teodomiro Camargo, que representa a construção civil.

Está no ponto

Considerando que os senadores se beneficiam do reajuste e hoje têm como prioridade escapar de processos, a matéria tem boas chances de passar por meio de acordo entre o ministro Lewandowski, que conduz o julgamento de Dilma, e o PMDB que busca manter Temer no Planalto.

Desafiando

Apoiadores de Roscoe afirmam que ele disputará o pleito em 2018 mesmo se o grupo dominante na Fiemg, liderado por Robson Andrade, da CNI, lançar Ricardo Vinhas ou outro nome ligado ao setor elétrico.

Topo do mundo

Hoje, segundo pesquisa do Estadão, os desembargadores mineiros recebem em média R$ 56 mil, líquidos. Com o reajuste de 16,5%, o valor deve subir a R$ 65 mil, um dos maiores salários pagos a magistrados no planeta.

Na ativa

A propósito, o presidente da CNI continua no mercado elétrico após a venda da sua ex-empresa Orteng. Robson monta no momento um novo negócio em sociedade com o ex-presidente da Cemig, Djalma Moraes.

A fundadora e presidente da ONG Proação, Angela Proença (2ª à esquerda), com Maria do Carmo Camargos, Márcia Prudente e Lilian Camargos, durante a nova edição do Proação Fashion Day.

Virada de página

Os empresários estão divididos. Muitos esperam uma virada econômica a partir do impeachment, com a substituição definitiva de Dilma por Temer gerando estabilidade política e segurança institucional e criando ambiente favorável às reformas e aos investimentos. Essa visão otimista predominou na posse de conselhos da Federaminas nessa quinta-feira, dia 25, e em outros eventos recentes. Mas está longe de ser unânime.

Salto no escuro

No outro lado estão empresários ressabiados e apreensivos, que veem um cenário de névoas no pós-impeachment. Não gostaram da leniência fiscal no início do governo Temer. E duvidam que a mera troca de presidentes dê fim à crise política, uma vez que as soluções dependem do Congresso, o qual permanece o mesmo. Essa visão mais cética pautou um almoço empresarial de peso há poucos dias em São Paulo.

Bye bye PBH

O ex-deputado tucano Célio Moreira deixou nesse sábado (27) a pasta-adjunta de lazer na PBH. Com isso reafirmou apoio ao candidato do PSDB, João Leite.