Quando muitos já o consideram morto politicamente, eis que Aécio Neves ressurge como uma fênix na cena mineira e nacional. Eventos encadeados nos últimos dias indicam que o senador recuperou ao menos parte do espaço e do protagonismo que havia perdido com o escândalo da JBS. Desde quinta-feira, 09, ele retomou o controle da máquina do PSDB, que tem convenção decisiva dentro de um mês; voltou a aparecer no horário nobre da TV líder em audiência, de onde estava sumido desde maio; e demonstrou que mantém liderança em Minas ao receber o apoio coeso e em peso do PSDB durante encontro do partido no último sábado em BH.

Aécio não dava as caras em Minas há meses. Havia apreensão na cúpula do PSDB em relação à receptividade ao senador na convenção estadual do partido. Mas, o evento saiu melhor que o esperado. Aécio teve dos colegas mineiros uma recepção de filho pródigo, ovacionado pela multidão de tucanos que lotou o partido em BH. “Foi muito significativo”, resumiu um deputado presente após avaliar que a manifestação calorosa de apoio deve “animar muito” o senador em seus projetos eleitorais no Estado.

Talvez pelo calor dos acontecimentos, muitos tucanos mineiros voltaram a se empolgar com Aécio. Estão apostando que o senador sairá vitorioso na convenção nacional do PSDB, em dezembro, vencendo internamente tanto a eleição do novo presidente como o debate sobre a permanência do partido no governo Temer. E assim vitorioso nacionalmente, ele chegaria com mais força para a campanha em Minas: a sua e a de aliados.

A nota desafinada na convenção tucana ficou com o deputado João Vitor Xavier, que exigiu aos berros a sua permanência na secretaria geral do partido. Ele acabou ficando com o cargo, reeleito com os demais membros da direção. As mudanças na cúpula do partido foram deixadas para depois.

A foto postada na agência de notícias do governo mineiro diz tudo sobre os esforços em curso para viabilizar a aliança PT-PMDB em Minas: perfilados e sorridentes, os deputados Fábio Ramalho, Saraiva Felipe, Mauro Lopes e Newton Júnior posaram nesta sexta-feira (10) no Palácio da Liberdade com o governador e o secretário Odair Cunha, numa mostra de articulação e sintonia política. Oficialmente, o grupo se reuniu para discutir “as perdas dos Estados com a Lei Kandir e a votação de uma nova alíquota da Cfem”. Mas, chama atenção que, embora a pauta seja de interesse geral, só estavam lá os peemedebistas. E a foto tem tanto sentido político que até parece feita como uma mensagem para o presidente nacional do PMDB, Romero Jucá.

O PMDB-MG elegeu quatro deputados federais e 13 estaduais em 2014, em coligação com o PT. Na avaliação corrente no partido, os peemedebistas só conseguem manter as bancadas atuais em 2018 se disputarem coligados de novo aos petistas. Ou seja, a aliança com o PT seria vital para o PMDB.

Os peemedebistas estão confiantes de que Brasília dará aval à coligação com o PT, apesar do apoio até aqui de Jucá e seu chefe Michel Temer à oposição ao governo Pimentel. Os ‘aliancistas’ mineiros apostam que o interesse em eleger muitos deputados em Minas, para manter a força do PMDB no Congresso, vai pesar mais nas decisões de Jucá e Temer do que a lealdade ou gratidão a Aécio Neves.

ONDA AZUL- Advogados Paulo Alves Pinto, José Luiz Ribeiro de Melo e Cléscio Galvão prestigiam evento da CAA na capital mineira em apoio ao Novembro Azul, campanha de prevenção do câncer de próstata que vem ganhando adesão cada vez maior dos homens.

A CPI da PBH Ativos na Câmara Municipal chega hoje ao seu último dia regimental com dois relatórios antagônicos: um do relator Irlan Melo, que isenta o ex-prefeito Marcio Lacerda, e outro de Pedro Patrus que denuncia repasses irregulares da prefeitura à PBH Ativos. O presidente da CPI, Gilson Reis, está alinhado com Patrus.