Raquel Faria

Núcleo duro
Publicado em: Mon Nov 17 03:00:00 GMT-03:00 2014

Núcleo duro

Um grupo de técnicos está ascendendo ao poder com Fernando Pimentel. São assessores que acompanham o governador eleito desde a PBH e têm lugar assegurado no alto escalão do novo governo. A equação é definir para onde irão Helvécio Magalhães, Murilo Valadares, Marco Antônio Rezende, Paulo Moura, Alcione Comonian, Otílio Prado e Eduardo Serrano.

Turma da Face

Outros nomes prováveis na futura equipe são os ministros demissionários Clelio Campolina e Mauro Borges, e o coordenador do programa petista de governo, Marco Aurélio Crocco, todos egressos da Face (Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG), como o próprio governador eleito.

Novos agregados

Também estão se juntando ao time de Pimentel o executivo Marco Antônio Castello Branco, ex-presidente da Vallourec, e o engenheiro Eduardo de Lima Andrade Ferreira.

Joias da coroa

A disputa mais acirrada por cargos no governo gira em torno da presidência e diretorias das empresas Cemig, Copasa, Codemig, Gasmig e BDMG. A peleja pela Cemig envolve o PMDB do vice-governador eleito Antônio Andrade e nela correm por fora o ex e o atual presidente da Eletrobrás, respectivamente Aloísio Vasconcelos e José da Costa Carvalho Neto.

180 graus

A troca de governo em janeiro dará início à maior mudança administrativa em 20 anos no Estado, que é governado desde 1994 por tucanos ou por aliados do PSDB. Deverão ser substituídos ocupantes de todos os cargos de confiança: cerca de 15 mil, segundo números informados em agosto.

Sem destino

Vários dos altos burocratas de saída do governo estão em seus cargos há mais de uma década. Há casos de gente em postos de indicação política há 16 anos. Muitos foram pegos de surpresa pela derrota do PSDB nas urnas. Contavam com mais uma vitória tucana no Estado, ou com a eleição de Aécio para o Planalto, e não construíram projetos alternativos. Agora, não sabem para onde ir ou o que fazer após a perda do cargo.

Cacife

Paolo Rocca, presidente do grupo Techint, maior acionista da Usiminas, acaba de ser eleito um dos 25 melhores CEOs do mundo por revista da universidade Harvard, nos EUA. Rocca comanda o lado argentino na guerra contra a japonesa Nippon pelo comando da siderúrgica mineira.

O show não para

A safra brasileira de soja está estimada em 193 milhões de toneladas neste ano e 198 milhões, em 2015. Para comparação, foi de 134 milhões em 2009. O agronegócio segue um espetáculo no país.

Quarto poder

Em Brasília, dá-se como certo que o novo governo Dilma tentará promover alguma regulação da mídia para reverter a concentração de veículos por poucas empresas (ou donos) e impor regras de conteúdo. A dúvida está na extensão das mudanças. E no nome do ministro das Comunicações que irá encarar o desafio de reformar um setor econômico tão influente e temido ao ponto de ser apontado em todo o mundo como o “quarto poder”.

Os próximos

Depois dos operadores e dos pagadores, os próximos a caírem na rede da Operação Laja Jato na Petrobras são os receptores de propinas: dirigentes partidários, parlamentares e, eventualmente, até ministros e governadores (ou ex); enfim, os políticos da famosa lista que teve versões divulgadas na mídia durante a campanha. Em Minas, há vários na mira da PF.

O novo mantra

Marcio Lacerda pressiona sua equipe para acelerar o término de obras que se arrastam na capital. Vem repetindo ao alto escalão, como um mantra, que o seu governo precisa “fazer entregas à sociedade”. Depois de abrir muitas frentes de obras, o prefeito agora está preocupado em inaugurá-las.