Raquel Faria
Roda movendo
O governo mineiro negocia em segredo a implantação de empreendimento da ordem de R$ 5 bilhões no Norte de Minas. É o maior, mas não o único grande aporte previsto no Estado. No Indi, os técnicos acompanham no momento outros projetos acima de R$ 500 milhões para expansão de plantas existentes. São indícios de uma retomada, ainda que tênue, dos investimentos. O capital volta a mover a roda da economia.
Mãos de fora
Os novos investimentos possuem traço comum: são na maioria multinacionais. Os empresários brasileiros, sobretudo de médio e pequeno porte, seguem totalmente retraídos, sem dinheiro e coragem para correr riscos. É o grande capital estrangeiro que lidera a retomada, aproveitando a desvalorização dos ativos em real. Um movimento que sinaliza brutal desnacionalização da economia brasileira nos próximos anos.
Donos de tudo
O etanol é exemplar das forças desnacionalizantes em curso na economia. Esse produto 100% nacional gerou uma indústria genuinamente brasileira. Hoje, a maioria das usinas ainda é de empresários locais. Mas, o cenário está mudando rapidamente com a venda de negócios a estrangeiros. O mercado já prevê que em poucos anos a Shell irá engolir sua parceira Cosan no controle do maior grupo de etanol no Brasil.
Linha de corte
Familiares e colaboradores de José Alencar Gomes da Silva não escondem seu pesar: unidades do Sesi em Caratinga e Muriaé, onde o falecido ex-presidente da Fiemg começou a vida empresarial, não estão sendo poupados de para redução de despesa e reversão do déficit na entidade.
Efeito Brexit
Pode ser que o Brexit seja absorvido logo pelo sistema financeiro e produza impactos econômicos passageiros ou localizados. Mas, também é possível que a saída da Inglaterra da Eurozona gere desconfianças em relação à libra e ao euro, desencadeando nova onda de turbulência no mercado de moedas e desestabilizando meio mundo. O que vai ser só Deus sabe. O fato é que a incerteza voltou com força à economia global.
Generalizando
O comentário de Marcelo Odebrecht e outros empreiteiros de que o caixa 2 faz (ou fazia) parte da nossa cultura política é de uma gravidade dolorosa. Se isso é verdade, então a corrupção se generalizou tanto no país ao ponto de virar algo normal ou intrínseco à política. E de anular a distinção entre o certo e errado, o moral e o imoral.
Alojamento
Esta semana, contaram-se 16 colchonetes na calçada onde já funcionou a Livraria Status, no miolo da Savassi. Um grupo sem-teto acampa ali e explora as vantagens da área, onde há quatro chafarizes que fornecem água e servem de banheiro, além de marquises sobre portas fechadas de comércio.
Obreirismo
Não haveria alojamento se a Status ainda existisse com seu movimento até noitão. A ocupação sem-teto revela o fiasco da revitalização da Savassi e o limite das soluções urbanas baseadas apenas em obras de engenharia. Sem políticas para fixar empresas, as obras estão na verdade afugentando o público e tornando a Savassi um paraíso para moradores de rua.
ISTO É MEGALEITE. Presidentes da Faemg, Roberto Simões, e o da Associação dos Criadores de Girolando, Jônadan Min Ma, comemoram o sucesso da maior feira de pecuária leiteira do país, a Megaleite, evento que reuniu em BH produtores e empresas do setor