Líderes dos principais partidos de oposição em Minas decidiram “colocar o bloco na rua em dezembro”, intensificando a campanha do candidato do grupo ao governo do Estado, Dinis Pinheiro, ex-presidente da ALMG. A reunião em que se tocaram os primeiros tambores para a disputa eleitora foi realizada há alguns dias na residência do próprio candidato. E foi conduzida por Marcus Pestana, do PSDB, e por Carlos Melles do DEM. Também participaram representantes do PTB, PP e PPS.

Os oposicionistas começam a sentir a urgência, o tempo se esgotando. Em campanha aberta desde janeiro, Pimentel vai abrindo uma dianteira grande em relação aos adversários. O governador tem a vantagem da visibilidade do cargo e a máquina púbica na mão. Se o bloco da oposição não se mexer para dividir a cena, Pimentel pode consolidar seu favoritismo antes mesmo da propaganda eleitoral. Pelas últimas pesquisas, do Instituto Paraná, a reação oposicionista já chega atrasada: era para ter começado ontem.

A reunião do bloco de oposição serviu para reafirmar Dinis como a opção natural do grupo para o governo. Volta e meia cogita-se nos bastidores um hipotético lançamento de Anastasia, oposicionista com melhor desempenho nas pesquisas. Mas o senador não só se coloca indisponível como vem dando pilha ao ex-presidente da ALMG, que já apregoa o seu apoio. Então, se não pode ir com Anastasia, a oposição vai com Dinis mesmo.

O protagonismo de Pestana na reunião que fechou o lançamento de Dinis é muito significativo. Trata-se de tucano de alta plumagem. O gesto indica que o PSDB está convergindo para o ex-presidente da ALMG, enquanto abandona apostas incertas como Anastasia. Também indica que os tucanos não estão exatamente de braços abertos para receber a candidatura do hoje peemedebista Rodrigo Pacheco, nem acreditando numa eventual aliança com o PMDB, principal aliado do PT em Minas.

Na pesquisa Paraná, a mais recente disponível, os adversários de Pimentel aparecem embolados: Dinis empata com Pacheco e ambos têm empate técnico com Lacerda. Na cola deles vêm os candidatos menores ou menos conhecidos. Em tese, todos os oponentes têm chances reais de chegar ao 2º turno – se houver um. Assim, a diferença pode estar na eficiência do marketing do candidato. E na força coletiva de seus apoiadores.

Flávio Pereira, diretor esportivo do Sada Cruzeiro, e o técnico Marcelo Mendez, eleito melhor técnico do campeonato.

Amanhã, cinco dias após circular em Milão, João Doria vai ao Paraguai. Duas viagens internacionais seguidas, sendo que a segunda para evento de cunho privado, do seu Lide. Assim fica difícil crer que o prefeito tenha tempo e cabeça para governar São Paulo, uma das maiores cidades do mundo. Doria está fazendo troça da opinião pública. 

Aumentou o otimismo entre os apoiadores de Alberto Salum, candidato da situação às eleições de presidente da Fiemg. Se a animação do grupo não estiver virando votos, pelo menos já mudou o clima na campanha.

Pablo Cesar de Souza, o Pablito, ex-vereador de Belo Horizonte próximo a Aécio e derrotado no ano passado, está de volta à vida pública: ele será o novo superintendente em Minas do DNPM, órgão que gerencia a produção mineral. Trata-se do posto público mais importante na área da mineração no Estado. A nomeação já saiu no Diário Oficial. Faz parte do pacote para atender aliados antes da votação da nova denúncia contra Temer.

Apesar de todos os esforços do Planalto para satisfazer a base governista, a previsão de votos no plenário na Câmara contra a denúncia vem caindo. Temer esperava ampliar os votos em relação à denúncia anterior, quando recebeu apoio de 263 deputados. Mas os líderes governistas já admitem uma votação inferior. Um dos problemas de Temer está no PSDB: nem a ajuda dada para salvar o mandato de Aécio está segurando votos tucanos.