O presidente da Fiemg, Olavo Machado, indicou a Fernando Pimentel um representante da entidade, Pedro Lacerda, dirigente regional no Vale do Paranaíba, para a Secretaria do Desenvolvimento.

O dirigente da Fiemg está muito cacifado junto à equipe do novo governo. Além de contar o endosso da entidade industrial, Pedro Lacerda articulou o apoio de políticos influentes no PT, incluindo um dos principais prefeitos do partido: Gilmar Machado, de Uberlândia.

Com a posse ontem na presidência da CNA, Kátia Abreu já pode se afastar do cargo para assumir a pasta da Agricultura. Como informado na coluna, a necessidade legal de formalizar o novo mandato na entidade, antes de pedir licença do cargo, era o único obstáculo à entrada da líder ruralista no primeiro escalão do governo Dilma.

Kátia lidera a CNA dede 2008. Sua saída abre espaço para personagens novos, como o baiano João Martins da Silva Júnior, primeiro vice-presidente e substituto da senadora. Outro que deve ampliar sua influência é o mineiro Roberto Simões, da Faemg, novo vice-presidente executivo da entidade.

Ontem, em Brasília, a maioria dos prognósticos indicava o adiamento para fevereiro da divulgação dos primeiros nomes de políticos beneficiários do Petrolão. Não haveria tempo hábil para a PGR concluir os procedimentos e liberar a lista antes do recesso no Judiciário, que começa nesta sexta.

A nova intervenção do governo Lacerda na área de transporte coletivo será a mudança dos abrigos para passageiros. Os atuais serão substituídos por outros que oferecem mais conforto e proteção aos usuários. No total, serão 1.300 abrigos de “primeiro mundo”, segundo alto assessor da PBH.

A equipe de Pimentel examina com lupas a parceria do governo com a empresa dos radares que infestam o Estado e os contratos de lixo hospitalar e resíduos sólidos que consomem recursos expressivos do tesouro.

Alberto Pinto Coelho vai permanecer na presidência estadual do PP após transmitir o cargo de governador. É como dirigente partidário que ele pretende manter-se atuante na cena política a partir de 2015, quando estará sem nenhum mandato eletivo pela primeira vez em 20 anos.

Com o PP ocupado, outro pepista de expressão no Estado, Dinis Pinheiro, candidato derrotado a vice-governador, deverá achar seu próprio rumo após deixar a ALMG. Alberto e Dinis têm sido aliados próximos. Mas, com a perda de funções e poder, eles tendem a se afastar. Já se cogita como inevitável a mudança de Dinis para uma nova legenda.

O destino apontado como natural ou ideal para Dinis é o PSB, onde ele poderia encontrar espaço para viabilizar um grande projeto de retorno à vida pública. Dinis sonha em concorrer a prefeito de BH em 2016.

O atual presidente da ALMG tem boas relações com o principal nome do PSB mineiro, Marcio Lacerda. Foi solidário com o prefeito em momentos difíceis enfrentados pela PBH, como na queda do viaduto Guararapes. Mas, qualquer movimento de Dinis, segundo fonte próxima, só deve ocorrer em meados do próximo semestre.