Ricardo Plotek

Ricardo Paes Leme Plotek, subeditor de Esportes de O TEMPO

'O tempo não para'

Publicado em: Sáb, 01/07/17 - 03h00

O genial Cazuza já dizia que “o tempo não para”, ainda mais agora, no centro do furacão neste começo da maior e mais rápida revolução pela qual a humanidade terá passado: a digital.

Lembro-me bem de ter estudado que, quando surgiu a televisão, muitos davam o fim do rádio como certo. Uma novidade que demorou quase 30 anos em nosso país, pois o rádio deu os primeiros passos no Brasil em 1922, e a TV, em 1950.

Pois bem, depois disso e em muito menos tempo, vivi – o maior aprendizado que alguém pode ter – o surgimento do videocassete, que decretaria o fim de cinema; do CD, que acabaria com o vinil, que não acabou nem mesmo com a música consumida hoje pela rede e armazenada aos milhares em um objeto menor que um isqueiro. E a TV em cores? Sensacional para meados da década de 70.

Portanto, desconfio de quem diga que o jornal impresso vá acabar, que essa ou aquela plataforma de comunicação está ultrapassada, que esse ou aquele modelo de se comunicar está obsoleto. Tudo cabe na internet, e há quem goste do que está fora dela.

Nunca antes na história desse planeta o ser humano esteve tão atarantado com o exponencial e inexorável processo de mudança de paradigma em suas vidas, doravante umbilicalmente ligado a essa torre de babel permanente em que nos metemos, onde todo mundo tem voz e, por isso, está bem mais perto de ter vez.

Se essa mudança já causa assombro no cidadão comum, imagine para quem trabalha com a comunicação corporativa, que, com a internet, deixou de ser soberana e incontestável – o que é ótimo para a sociedade.

Nós, jornalistas, somos pessoas mais do que comuns, mas estamos, diariamente, instados a desafios imediatos, alguns deles, alvissareiros.

A Sempre Editora, que pertence ao gigantesco Grupo Sada e que sempre se “meteu” onde não foi chamada na comunicação de Minas Gerais, só cresce. Mais uma vez, ela se adianta e, para tentar dar a seu leitor o melhor, o que não se consegue da noite para o dia, inova mais uma vez.

A partir deste domingo, você, leitor de O TEMPO, receberá um conteúdo esportivo diferente do que esteve acostumado nesses últimos 20 anos.

Para nós que há muito estamos trabalhando no projeto do SUPER FC, fica o frio na barriga com relação a essa nova maneira de levar ao nosso leitor uma das maiores paixões do brasileiro, o esporte, capitaneado, inegavelmente, pelo futebol. Esse, sim, uma das coisas mais caras ao nosso povo.

Mudar hoje em dia é preciso mais do que nunca. É melhor arriscar e dar errado do que ficar dando certo o resto da vida menosprezando iminente potencial de crescimento e a nossa atual e intrigante realidade sobre a Terra.

Por isso, você receberá um produto novo, pensado com carinho há meses, que conta com mais de 20 jornalistas e duas dezenas de pessoas de outras áreas afins para que o SUPER FC agrade em cheio.

Mais gente, mais informação, mais canais de comunicação, como a recém-criada rádio Super Notícia FM (91,7), muita dedicação e horas de trabalho para que outra aposta da Sempre Editora dê certo, como todas as outras (O TEMPO, Super Notícia, O Tempo Betim, O Tempo Contagem, Pampulha, portal O TEMPO e, agora, o SUPER FC, o núcleo de esportes que produzirá e apresentará conteúdo para todos os nossos veículos).

A sorte será lançada neste 2 de julho de 2017, dia de clássico, nada melhor para o esporte mineiro, e que, espero, valha também para o SUPER FC.

Na mesma?

Minha coluna mudará a forma de apresentação, mas continuará saindo aos sábados, por respeito a quem já se acostumou com esse dia para me dar a honra da leitura. Quanto ao conteúdo, sinceramente não sei o que responder. Os leitores do Super Notícia passarão a recebê-la e isso me dá extrema satisfação, mas muito mais responsabilidade, pois se trata do jornal impresso mais vendido do Brasil.

Juntos

A você leitor de O TEMPO, espero continuar contando com sua lealdade e participação para que, agora com um universo muito maior de parceiros nesta jornada de mais três anos, possamos manter esse diálogo permanente e tão importante para mim nesse árduo, mas gratificante trabalho de ter uma coluna em, agora, dois dos maiores jornais de um país gigantesco como o nosso. Vamo que vamo! 

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